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Após rombo bilionário da Americanas, como ficam os fundos imobiliários?

A situação da Americanas tem gerado grande repercussão, inclusive no mercado de fundos de investimentos imobiliários. Confira

Na última quarta-feira (11), veio à tona um rombo milionário na Americanas, após a detecção de inconsistência contábeis no valor de R$ 20 bilhões, que na última sexta-feira (13), após revisão, passou a ser de R$ R$ 40 bilhões.  

Dessa forma, a situação tem gerado grande repercussão, inclusive no mercado de fundos de investimentos imobiliários (FIIs). Assim, pelo menos sete FIIs têm algum vínculo com a Americanas e aguardam para verificar a real situação da empresa para realizar a previsão dos impactos nas carteiras do setor.

Impacto nos fundos imobiliários

À vista disso, para Marcos Baroni, head em pesquisas de fundos imobiliários da Suno Research, os fundos podem sofrer algum abalo. Contudo, segundo ele, pode ser que o impacto não seja tão grande, pois, a Americanas, não tem muita relevância no segmento na B3, onde há cerca de 450 fundos imobiliários listados.

Entretanto, algumas carteiras possuem participação significativa das Americanas em seu portfólio, como é o caso do GGR Covepi (GGRC11), que aluga para a empresa um galpão logístico em Uberlândia, em Minas Gerais, com 89 mil metros quadrados. Que representa cerca de 24% da área bruta locável (ABL) total da carteira. 

Diante disso, a GGRC11 figurou entre as maiores perdas da última quinta-feira (12), com uma queda de cerca de 2%.

Sem motivo para alarde

Portanto, para Rodrigo Medeiros, analista e especialista em fundos imobiliários, não há motivos para alarde. Pois, no pior dos cenários, a Americanas devolverá os imóveis locados para os FIIs.

“Perdem-se alguns meses de aluguéis, mas não se perde o patrimônio. Esta é a beleza dos fundos imobiliários”, afirmou em suas redes sociais.

Assim, essa afirmação de Medeiros vai ao encontro do que acredita Baroni, que afirma que quem investe em FIIs deve ter esta interpretação em casos como o da Americanas. “O risco de crédito de um locatário é muito importante para um fundo imobiliário, porém não é a essência. “A essência é o valor implícito imobiliário (dos imóveis), que vai desde localização, padrão construtivo e atratividade dos espaços”, afirmou Baroni ao InfoMoney.

Com informações do portal FDR.

Imagem: Jair Ferreira Belafacce/shutterstock.com