Após rombo bilionário, tráfego no site da Americanas cai quase 60%
Interesse de compra dos clientes da Americanas desaba enquanto marcas rivais crescem. Veja possíveis motivos da queda de público!
Após revelar problemas financeiros que passam de 40 bilhões de reais, o site da Americanas registrou queda de tráfego em 57%, segundo o Itaú BBA. O levantamento considerou todo o mês de janeiro e constatou que após o dia 11 de janeiro, dia que a dívida veio a público, os clientes se desinteressaram pelos produtos da companhia.
Em contraponto, rivais da Americanas como o site da Amazon e a Magalu tiveram um aumento de público considerável durante o começo do ano. Especialistas em acompanhar o tráfego apontaram possíveis motivos para a queda de audiência da empresa e que não envolve somente a inconsistência financeira.
O que levou à queda do tráfego
Um dos motivos levantados para a perda de público da Americanas em janeiro é que, de fato, o mês costuma ser de menos interesse de compra por parte dos clientes. Isso porque após datas como natal e ano novo, as pessoas tendem a começar o ano pensando em economizar. Por isso que antes mesmo do dia 11 o site já apresentava menos tráfego.
Porém, após a revelação do rombo de R$ 47,9 bilhões, a fama negativa acaba prevalecendo no imaginário das pessoas. Além disso, os lojistas começaram a dificultar as vendas no marketplace da Americanas.
Os vendedores, por receio de ter os créditos bloqueados pela companhia, resolveram aumentar os preços de seus produtos em uma tentativa de desanimar o interesse de compra dos clientes. Assim não há lucro, mas o valor da mercadoria continua em posse do vendedor.
Por se tratar de uma empresa famosa e bastante conhecida, uma ala dos clientes devem continuar fiéis a Americanas. De acordo com a agência de pesquisa Pullse, os 57% dos clientes que perderam o interesse de compra não devem retornar ao site da empresa, mas os outros 43% devem continuar comprando com a Americanas.
Um dos motivos que assessores da Americanas acreditam que irão manter uma base fiel de clientes é pelo serviço financeiro com opção de cashback (Ame) continuar existindo. Segundo a empresa, apesar da recuperação judicial, o serviço não deverá ser atingido.
Imagem: Reprodução/T. Schneider – Shutterstock.com
