INSS paga até R$ 8.157 por mês para quem tem essas doenças; veja a lista
Descubra quais doenças dão direito a até R$ 8.157 do INSS. Veja a lista completa e saiba como solicitar agora!
Trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde ou que atuam em ambientes de alto risco podem ter direito à aposentadoria especial do INSS.
Este benefício, que em 2025 pode chegar ao teto de R$ 8.157,41, tem critérios específicos de concessão, levando em conta o tempo de exposição ao risco e a idade mínima.
Essa modalidade de aposentadoria foi criada para proteger a saúde do trabalhador que exerce suas funções sob condições insalubres, perigosas ou penosas. Saiba como funciona, quem tem direito e confira a lista de doenças e profissões que dão acesso ao benefício do INSS.
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O que é a aposentadoria especial do INSS?
Benefício para quem trabalha em condições insalubres
A aposentadoria especial é um tipo de benefício previdenciário voltado a trabalhadores que exerceram atividades sob exposição habitual e permanente a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos.
A legislação brasileira reconhece que esse tipo de exposição compromete a saúde ao longo do tempo e, por isso, concede condições diferenciadas para a aposentadoria — inclusive um valor mais alto do benefício.
Quem tem direito à aposentadoria especial?
Profissões e situações que se enquadram
Para ter direito ao benefício do INSS, o trabalhador precisa comprovar que atuou por tempo mínimo em atividades consideradas de risco. A comprovação é feita por meio do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), documento fornecido pela empresa.
Exposição obrigatória:
- Agentes físicos: ruído, calor, radiações;
- Agentes químicos: amianto, solventes, gases tóxicos;
- Agentes biológicos: vírus, bactérias, fungos.
Profissões com direito reconhecido:
- Mineiros (frente de produção e outras funções subterrâneas);
- Trabalhadores da construção civil e metalurgia;
- Profissionais da saúde: médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de laboratório;
- Aeronautas e profissionais da aviação;
- Químicos, eletricistas, soldadores, frentistas;
- Vigilantes armados e bombeiros civis.
Importante: Até 1995, apenas a profissão bastava para a concessão. Hoje, é preciso apresentar documentos que comprovem a exposição.
Como funciona a concessão após a Reforma da Previdência?
Novas regras de idade e tempo de contribuição
A Reforma da Previdência, por meio da Emenda Constitucional nº 103/2019, alterou os critérios para a aposentadoria especial. Agora, além do tempo mínimo de contribuição, é necessário também atingir uma idade mínima.
| Tempo de contribuição | Idade mínima exigida | Grau de risco |
|---|---|---|
| 15 anos | 55 anos | Máximo |
| 20 anos | 58 anos | Médio |
| 25 anos | 60 anos | Mínimo |
Esses critérios variam conforme o tipo de atividade e o nível de exposição aos riscos.
Lista de doenças que podem garantir o benefício
Doenças relacionadas à exposição a agentes nocivos
Embora o benefício do INSS esteja mais vinculado à função e ao ambiente de trabalho, determinadas doenças podem ser resultado direto da exposição contínua a agentes prejudiciais. Veja algumas delas que costumam facilitar o acesso à aposentadoria especial:
Doenças pulmonares e respiratórias
- Pneumoconiose (inclusive silicose e asbestose);
- Bronquite crônica ocupacional;
- Asma ocupacional;
- Tuberculose (em profissionais da saúde).
Doenças neurológicas e do sistema nervoso
- Neuropatias por solventes ou metais pesados;
- Doença de Parkinson relacionada a pesticidas;
- Transtornos psiquiátricos em vigilantes e seguranças armados.
Doenças dermatológicas
- Dermatites alérgicas ocupacionais;
- Câncer de pele causado por radiação UV em profissionais expostos ao sol.
Doenças infecciosas
- Hepatite B ou C em profissionais da saúde;
- HIV/AIDS contraído por exposição acidental;
- Leptospirose, brucelose, hantavirose.
Essas doenças não garantem, por si só, o benefício — mas são indícios fortes quando associadas ao histórico de trabalho.
Valor do benefício pode chegar ao teto de R$ 8.157,41
Como é feito o cálculo da aposentadoria especial
Desde 2019, a aposentadoria especial do INSS passou a ser calculada com base nas novas regras de média salarial. Veja como funciona:
- 60% da média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994;
- + 2% por ano excedente de:
- 15 anos para mulheres;
- 20 anos para homens.
Exemplo prático:
Um homem com 25 anos de contribuição especial e média salarial de R$ 6.000 teria o cálculo:
- 60% + (5 x 2%) = 70%
- 70% de R$ 6.000 = R$ 4.200 mensais
Já para quem atinge a média salarial máxima, o valor pode alcançar o teto do INSS: R$ 8.157,41 em 2025.
Como solicitar a aposentadoria especial?
Etapas para dar entrada no benefício
- Reunir documentos essenciais:
- Acessar o portal Meu INSS:
- Ir até a aba “Pedir Aposentadoria”;
- Selecionar “Aposentadoria por Tempo de Contribuição” e depois “Especial”;
- Enviar a documentação digitalizada.
- Aguardar análise do INSS:
O tempo médio de resposta pode variar entre 30 e 90 dias, dependendo da região.
Conclusão
A aposentadoria especial é um direito garantido pela legislação brasileira para proteger os trabalhadores expostos a riscos graves e contínuos. Com regras mais rígidas após a Reforma da Previdência, é fundamental comprovar a exposição e reunir a documentação correta.
Para muitos, o benefício do INSS representa não apenas um descanso merecido, mas também uma compensação justa pela dedicação em atividades perigosas ou insalubres.
Se você atua ou atuou em alguma dessas condições, vale a pena verificar seu direito e buscar orientação profissional para garantir o melhor cálculo e benefício possível.
Imagem: Guschenkova / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital