Aproveite! Ações da Oi vão se supervalorizar

A Oi (OIBR3) anunciou na última segunda-feira (17) que o conselho de administração da empresa aprovou a submissão de uma proposta de grupamento de todas as ações da companhia à Assembleia Geral Extraordinária. A reunião acontecerá no dia 18 de novembro. 

Como maneira de manter o preço das ações alto, a Oi tem a intenção de agrupar 50 ativos em apenas um. Desde o ano de 2016, a empresa passa por recuperação judicial, o que fez seus papéis serem cotados abaixo de R$ 1.

Qual é o motivo da proposta da Oi?

Segundo as regras da B3, a bolsa de valores brasileira, as ações de qualquer empresa não devem ficar cotadas abaixo de R$ 1 por mais de 30 sessões seguidas. Se isso acontecer, a B3 informa a empresa, que deve encontrar uma maneira de reverter o cenário em um prazo de 15 dias. 

Em situações assim, uma das técnicas que podem ser utilizadas pelas empresas de capital aberto é a junção de ações. Assim, ao reunir os ativos, a cotação pode ficar maior que R$ 1.  

Proposta supõe que ações da Oi vão diminuir 

Caso seja aprovada a proposta, o capital social da Oi, de 6.603.037.459 ações, será dividido em 132.060.748 ações. Dessas, 128.906.204 seriam ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão. Ainda sobrariam outras 3.154.544 preferenciais, nominativas e sem valor nominal de emissão. 

A medida precisa ser aprovada pelos acionistas, para que um prazo seja disponibilizado, a partir de 30 dias, para os investidores com ações ordinárias ou preferenciais (que optarem) fazerem ajustes nas suas posições de ações da Oi em lotes múltiplos de 50 ações. Isso acontecerá por meio de negociação na bolsa brasileira.  

Quando o período chegar ao fim, as possíveis frações de ações da empresa serão reagrupadas em números inteiros. As vendas ocorrerão em ambiente na B3, não importa quantos leilões sejam necessários para que o montante total seja liquidado.

Imagem: Billion Photos/shutterstock.com