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As praias podem ser privatizadas? Veja o que explica Guedes

Paulo Guedes, ministro da Economia, anunciou nesta quarta-feira (19) que não está interessado em vender as praias brasileiras. De acordo com ele, o intuito seria transferir para o setor privado apenas terrenos que pertencem à Marinha no litoral do país. 

No final do mês de setembro, Guedes criticou a proibição de vendas de praias e declarou que era possível arrecadar US$ 1 bilhão com a venda de uma praia localizada em uma área importante. 

O que disse o ministro da Economia sobre a venda das praias?

Já nesta quarta (18), enquanto acontecia um fórum de infraestrutura portuária, o ministro afirmou que não sugeriu a venda das praias, e sim de terrenos e imóveis que pertencem à União e ficam em frente às praias. 

“A praia é pública, todo mundo pode tomar banho de mar lá, mas vai ter um hotel lá na frente”, afirmou o ministro. 

Entretanto, no final do mês passado, Guedes afirmou que existem trilhões de ativos mal usados e que há um grupo do exterior que deseja comprar uma praia em uma região importante do Brasil. Porém, como o terreno pertence à Marinha, não pode ocorrer um leilão da praia, por exemplo. 

Futuro fundo público 

Segundo Paulo Guedes, o objetivo não é somente fazer com que os terrenos da Marinha sejam privados, mas também empresas estatais, assim como vender imóveis que pertencem à União para criar uma fonte de fundo público, chamado de “Fundo Brasil”. 

O Fundo Brasil funcionaria atuando em três frentes: a erradicação da pobreza, através de transferências aos mais necessitados; abatimento da dívida pública; e projetos de infraestrutura. 

Guedes recordou também que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) possui cerca de R$ 100 bilhões na carteira de ações de empresas como Petrobras e JBS, entre outras. Ele considerou que esse seria um tipo de “capital financeiro estéril”, que poderia também ser vendido para fazer parte do fundo público. 

Imagem: A.RICARDO/shutterstock.com