Ata do Copom cita cenário econômico dos Estados Unidos e da China; entenda
As duas maiores economias do planeta, Estados Unidos e China, aparecem nos apontamentos da autoridade monetária. Veja!
A Ata do Copom, divulgada nesta terça-feira (26), traz informações que justificam a decisão sobre a política monetária atual. Na última reunião, a autoridade decidiu pela redução de 0,50 p.p. na taxa básica de juros. Desse modo, saiu de 13,25% para 12,75%, o segundo corte consecutivo.
Uma das primeiras questões apontadas pela autoridade monetária se refere ao cenário econômico global, com foco nos Estados Unidos e China, que têm passado por momentos de contração. Vale lembrar que essas são as duas maiores economias do planeta, por isso, tem impacto direto sobre a realidade global.
Conforme indica a Ata, os dois países estão em um momento em que demanda cautela por parte das nações em desenvolvimento. É caso, por exemplo, do Brasil. Desse modo, é possível notar um ambiente externo de maior incerteza.
Economia dos EUA
Ainda neste mês, no mesmo dia da reunião do Copom aqui no Brasil, o Federal Reserve, banco central norte-americano, manteve a taxa de juros entre 5,25% e 5,50%, o maior patamar desde 2001. Além disso, no intervalo de um ano, de maio de 2022 a maio de 2023, a autoridade elevou a taxa em cinco pontos percentuais.
De acordo com a nota divulgada, a decisão foi unânime entre os membros e tem como objetivo ampliar os índices de emprego e alcançar 2% de inflação à longo prazo. Neste momento, a taxa inflacionária do país está em 3,7%, com aumento no mês de agosto.

Cenário econômico da China
A China tem registrado um crescimento menor do que esperado e encontra dificuldades para atingir a meta estipulada pelo Partido Comunista, em torno de 5%, segundo analistas. Recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo o crescimento do país asiático, de 5,1% para 4,6%.
Veja também:
Selic: entenda como a política fiscal pode influenciar na taxa de juros
Diante disso, o governo chinês busca aplicar medidas fiscais e monetárias que sejam capazes de reaquecer a economia, mas a grande crise imobiliária ainda é um problema significativo.
Imagem: Spalnic / shutterstock – Edição: Seu Crédito Digital