Banco do Brasil é investigado por escravidão; entenda o caso agora
MPF abre ação contra o Banco do Brasil com a acusação de escravidão. Descubra como um dos maiores bancos do país está envolvido com o crime
Ontem (27), o Ministério Público Federal (MPF) notificou o Banco do Brasil sobre uma ação civil pública contra a instituição. Entretanto, o processo não tem relação com nenhum problema financeiro atual, já que ela trata do papel do banco durante a escravidão.
De acordo com a história do Banco do Brasil, sua fundação data de 1808, quando a família real chegou ao Brasil. Na época, a escravidão era a principal fonte de mão de obra e motivo do enriquecimento de diversas famílias.
Pesquisando sobre as origens do banco estatal, historiadores descobriram que entre os fundadores da instituição estavam alguns dos maiores traficantes de pessoas escravizadas da época. Conforme reportagem da BBC Brasil, o MPF quer estabelecer qual a relação do banco e a escravidão no país.
Banco do Brasil pode ser alvo de ação depois de 200 anos?
De acordo com a legislação, escravizar uma pessoa é um crime contra a humanidade, por isso, ele não prescreve. Dessa forma, é possível que o MPF mova uma ação contra o Banco do Brasil atualmente. Nesse caso, o órgão do governo quer buscar uma reparação.
Na notificação que enviou para o banco, o MPF faz 20 perguntas sobre a relação do Banco do Brasil com a escravidão e pediu mais informações sobre as operações da instituição durante aquele período. A ideia é determinar qual foi o papel do banco e se ele se beneficiou da situação.
O que pode acontecer
Num primeiro momento, a ação pode fazer com que o Banco do Brasil invista em pesquisas acadêmicas para entender qual foi o seu papel durante a escravidão. Assim, a instituição poderá juntar informações para estabelecer uma plano de reparação, seja através de ações sociais para a comunidade negra ou com o pagamento em dinheiro.
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Entretanto, se o banco escolher não discutir sobre o tema, o MPF pode prosseguir com um processo judicial contra o banco estatal.
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