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Banco Mundial faz importante afirmação sobre a pobreza no Brasil

A instituição financeira elaborou um documento extenso com sugestões para superação da pobreza e da desigualdade no Brasil

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

O Brasil, recentemente, voltou para o Mapa da Fome, de onde havia saído em 2014. Cerca de 20 milhões de brasileiros nas metrópoles se encontram em situação de pobreza, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e relatório do Observatório das Metrópoles. Diante desse cenário, o Banco Mundial apresentou sugestões para reduzir a desigualdade e a pobreza no país. 

Após a crise econômica de 2014 a 2016 e a pandemia de Covid-19 que persistiu por dois anos, a autoridade afirma que esse pode ser um momento estratégico para o Brasil reagir, ainda mais com o novo governo no próximo ano. 

No relatório, a instituição lembra que entre 2001 e 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 32%, a desigualdade caiu 9,8% e o número de pessoas em situação de pobreza caiu pela metade. 

As sugestões são de curto e longo prazo. Confira algumas delas. 

Recuperação escolar 

Com a pandemia de Covid-19, a educação foi fortemente impactada. A disparidade de acesso pode ser observada de acordo com as classes sociais dos estudantes. 

Cerca de 75,6% das crianças de famílias mais ricas frequentaram as aulas durante os 5 dias da semana, enquanto 50% das crianças mais pobres tiveram a mesma frequência. Além disso, uma a cada cinco crianças de classes mais baixas não frequentou aula alguma durante o período pandêmico. 

O Banco Mundial afirma que é necessário o desenvolvimento de programas de recuperação escolar, tanto no período de aulas quanto fora do horário das aulas. Devem ser adotados também sistemas de busca para aqueles estudantes que abandonaram a escola. 

Reinserção das mulheres no mercado de trabalho 

A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda persiste, mesmo com a redução da taxa de desemprego nos últimos meses. 

Em março deste ano, o nível de desocupação das mulheres era de 13,7% enquanto o de homens não chegava a 10%. 

Diante disso, a instituição sugere a criação de políticas e programas com foco nas mulheres e nos setores que elas mais ocupam. Destaca ainda, que o sistema de proteção social precisa seguir apoiando as mães solos e os lares mais vulneráveis.

Gastos com educação 

O Banco Mundial defende o redirecionamento de recursos. Áreas como o Norte e Nordeste necessitam de uma melhor infraestrutura. Os gastos devem ser direcionados para toda a cadeia de ensino, para que os estudantes das escolas públicas possam ter acesso à universidade pública. 

A instituição também aponta a necessidade de melhora na qualidade de ensino, uma vez que o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) mostra que o desempenho dos alunos brasileiros é inferior à média da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). 

Requalificação de trabalhadores 

Por fim, as pesquisas mostram que a população brasileira está envelhecendo. Assim sendo, o Banco diz que será necessária a requalificação e a formação técnica e profissional dos trabalhadores nos próximos anos, para que possam atender as demandas do mercado de trabalho. 

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Imagem: Nelson Antoine / Shutterstock.com