Bancos e empresários se posicionam sobre os ataques de bolsonaristas radicais em Brasília
Instituições repudiam os ataques e pedem punição dos responsáveis pelo vandalismo cometido no STF, Congresso e Planalto.
Empresas e bancos demonstraram repúdio pelas invasões cometidas por bolsonaristas radicais, no último domingo, 8, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A saber, apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), depredaram o Congresso Nacional, o STF – Supremo Tribunal Federal e o Planalto Central.
Vale ressaltar que, desde as últimas eleições, o país está sendo tomado por manifestações de eleitores de Bolsonaro que ficaram inconformados com o resultado nas urnas.
Desde então, pessoas vestidas de verde e amarelo ocuparam quartéis localizados em diversos estados do país e fecharam rodovias, como forma de pedir intervenção federal para tirar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do poder. No entanto, o pedido não tem respaldo constitucional e fere a democracia.
Febraban posicionou-se em relação aos ataques de bolsonaristas radicais
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos – Febraban, alegou repudiar com veemência as agressões contra o patrimônio público nacional e atos violentos contra o Estado Democrático de Direito. Confira o comunicado na íntegra:
“Com mais de meio de século de existência, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), integrante da institucionalidade do País, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito.
As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo (8 de janeiro) em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado.”
Setor empresarial
Em nota, a organização voltada para reunir empresários, empreendedores e a classe produtiva, Esfera Brasil, publicou que as invasões causadas por bolsonaristas radicais são uma agressão direta às instituições democráticas do Brasil. Confira:
“A Esfera Brasil repudia veementemente a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília e considera que nenhuma divergência política ou ideológica pode servir de justificativa para os atos violentos de vandalismo que aconteceram neste domingo (08.01) na capital federal. O ataque aos prédios públicos foi uma agressão direta às instituições democráticas do Brasil.”
A empresa de cosméticos Natura, a Abrasca – Associação Brasileira das Companhias Abertas, a Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e a Unica – União da Indústria de Cana de Açúcar e Bioenergia, também repudiaram os atos de vandalismo contra o patrimônio público.
“A UNICA – União da indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia – repudia veementemente os atos de vandalismo e de desrespeito institucional realizados hoje em Brasília. Nada os justifica.
As opiniões políticas – tão valiosas para a democracia – devem ser manifestadas pelo voto e pelos canais republicanos, jamais pela força e pela incivilidade. Foram destruídos ou danificados não apenas prédios e objetos que são patrimônio do povo brasileiro, mas foi ofendida a sua própria alma. Ninguém tem o direito de fazê-lo.
Neste momento, o Brasil precisa de comprometimento, não só de seu povo, mas de todos os setores da economia para garantirmos a estabilidade do país e o seu bem comum.”
Comércio, Indústria e Construção
Notas de repúdio contra os ataques violentos causados por bolsonaristas radicais no último domingo, também foram emitidas por diversas associações que atuam nos ramos do comércio, indústria e construção, como:
- CNI – Confederação Nacional da Indústria;
- Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo;
- Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo;
- Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro;
- CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo;
- CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
A Fiesp alegou que os autores dos ataques são “vândalos equiparados a terroristas” e a CNI disse que “os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar.”
Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil