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Bancos estrangeiros perdem espaço no Brasil com ascensão das fintechs; entenda

Bancos internacionais disputam espaço do mercado com fintechs, mas a permanência depende do conhecimento do perfil brasileiro. Entenda!

Há algum tempo atrás, as instituições financeiras estrangeiras tinham agências em quase todas as cidades do país, eram bancos reconhecidos e que sabiam oferecer seus produtos ao perfil dos clientes brasileiros. Porém, essa realidade vem mudando. 

A disputa pelo varejo financeiro no país agora também é feita pelas fintechs — empresas que usam a inovação no mercado financeiro por meio da tecnologia.

Assim, os bancos digitais vêm ganhando espaço e a preferência dos usuários brasileiros. No entanto, a desaceleração da economia tem desafiado essas instituições.

Entenda como bancos estrangeiros estão perdendo espaço no Brasil

Segundo levantamento do Banco Central, em dezembro de 2022, 4 dos 20 bancos com mais ativos no Brasil eram estrangeiros. Já em 2012, a presença era de 7 instituições estrangeiras potentes no país.

A saída desses bancos do mercado brasileiro acontece devido ao perfil escolhido para os negócios, ou seja, atendimento voltado para empresas, investimentos e gestão de fortunas. E também pela inserção dos bancos digitais, que chegaram para disputar esse espaço.

Se antigamente um banco que não possuía agências parecia pouco confiável, hoje é um grande diferencial para o público. O atendimento remoto, mas personalizado, vem conquistando a preferência do público.

Prova disso é o Nubank, a maior fintech do Brasil, que no ano passado alcançou a marca de R$ 136 bilhões em ativos. Com 75 milhões de clientes no país, a empresa deseja se tornar o principal banco para seus clientes, mas, para isso, precisa conceder limites de crédito maiores, segundo o CEO do Nubank, David Vélez. 

Oferta de crédito pode dar fôlego às instituições digitais

Para Vélez, não dá para construir uma empresa sem crédito. E esse é o desafio dos bancos digitais, que começaram a operar sem oferecer essa opção. No entanto, para isso, é necessário conhecer as características do mercado brasileiro.

As instituições locais já sabem o perfil dos clientes e, por isso, conseguem oferecer melhores opções, mesmo com a economia em queda. Isso porque elas arriscam ofertar crédito para pessoas de baixa renda, por exemplo — já que essas instituições têm mais credibilidade e fôlego para isso. 

Já os bancos digitais, para permanecerem nessa disputa, vão precisar ofertar serviços que não faziam parte da sua prioridade, repensar a política de concessão de crédito e modelos de cartão, para que, assim, consigam se encaixar no perfil financeiro brasileiro.

Imagem: Anton_AV / Shutterstock.com