Bancos fazem revelação preocupante envolvendo as maquininhas de cartão; confira
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Nessa segunda-feira (04), a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou uma nota que trouxe à tona uma questão importante para o mercado de crédito. Segundo o documento, o processo de encontrar alternativas para reduzir a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito ainda não encontrou um consenso.
A nota baseia-se num estudo realizado pela Friamente. Nesta pesquisa, destacou-se que as maquininhas adquirentes, não vinculadas a nenhuma instituição financeira, aplicam uma taxa de juros que pode atingir 130% ao ano. Esses adquirentes não correm risco de crédito nem alocam capital e, segundo a Febraban, contribuem para a perpetuação de endividamentos.
Como funcionam as taxas das maquininhas independentes?
O estudo da Febraban apontou que as taxas de juros adotadas pelas maquininhas independentes variam entre 60% e 130% ao ano. O levantamento apontou também que esses aparelhos cobram taxas de desconto significativamente mais altas do que as dos bancos.
Chegando a ser três vezes maior na média do que as maquininhas de cartões de crédito ligadas a bancos. As maquininhas independentes teriam, assim, apropriado parte significativa das receitas provenientes das taxas de juros.
A pesquisa ressalta o modelo de negócio dos adquirentes independentes e seu impacto significativo no endividamento das famílias brasileiras, conforme apontado pela nota da Febraban. A entidade argumenta que esse modelo de negócio expõe um alto risco de crédito, principalmente devido às taxas de juros elevadas aplicadas nesses métodos de pagamento.
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Existe um consenso sobre a limitação dos juros do cartão nos bancos?
No cenário político, os líderes da Câmara dos Deputados afirmam que existe um consenso sobre a necessidade de limitar os juros do rotativo do cartão de crédito. Isso está atualmente sendo discutido em um projeto de lei.
De acordo com a sugestão apresentada pelo relator do projeto, deputado Alencar Santana (PT-SP), o teto de juros que pode ser cobrado pelos bancos no cartão seria o dobro da dívida inicial. Este limite entraria em vigor se o setor bancário não apresentar uma proposta alternativa dentro de 90 dias após a publicação da lei. A lei também prevê regras para a renegociação de dívidas de até R$ 5.000.
Imagem: Jacob Lund / shutterstock.com
