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Quase metade das mães chefes de família que receberam auxílio estão fora do Bolsa Família

São 11 milhões de brasileiras com filhos que receberam o auxílio emergencial dobrado

O fim do auxílio emergencial está impactando a vida de muitos brasileiros. Principalmente das mães solo, também chamadas de mães chefes de família. Assim, sem emprego e sem o benefício, essas brasileiras ainda estão sofrendo com mais um agravante: muitas foram retiradas do programa de transferência de renda do governo, o Bolsa Família.

Com isso, o programa Bols Família excluiu neste ano quase metade das mães chefes de família que receberam o Auxílio Emergencial em 2020. Ao todo, foram 11 milhões de brasileiras com filhos que receberam o auxílio emergencial dobrado — que começou em R$ 1.200 e foi reduzido de setembro a dezembro para R$ 600, quando o benefício foi encerrado.

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Bolsa Família não inclui quase metade das mães que receberam auxílio

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, desses 11 milhões, apenas 6 milhões de mães estão incluídas no Bolsa Família. O que significa que o governo deixou de fora 4,8 milhões de mulheres na mesma condição. Além disso, elas podem não ser inscritas no programa durante todo o ano de 2021.

Dessa forma, o fim do apoio do Bolsa Família, somado ao lento crescimento de empregos no país, pode acabar prejudicando a renda dessas mães. Hoje, de acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, as famílias formadas por mães sozinhas com filhos de até 14 anos concentram a maior incidência de pobreza: 54,9% vivem com renda per capita mensal inferior a US$ 5,50.

Em domicílios em que mulheres negras são chefes de família, situação é ainda pior

Além disso, nos domicílios em que as mulheres negras são as chefes de família, esse percentual sobe ainda mais, indo para 64,4%. Segundo entrevista feita pelo jornal O Globo com o pesquisador do Ibre/FGV, Daniel Duque, o percentual de famílias brasileiras em pobreza extrema, ou seja, que a renda per capita é menor que R$155 por mês, deve atingir 10% a 15% da população ainda em fevereiro. Neste grupo, 25% deles vivem em domicílios chefiados por mães solo.

“É um início de ano extremamente desafiador, não apenas devido ao fim do auxílio emergencial, mas também devido à alta da inflação dos alimentos que impacta o poder de compra daqueles domicílios com filhos, principalmente os pequenos”, ressaltou Duque durante a entrevista.

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Imagem: Tatiane Silva/shutterstock.com