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Bolsa Família: milhares perdem o benefício e ganham dívida com a Caixa

Pente-fino do Bolsa Família excluiu milhares de pessoas do benefício, mas muitas ainda têm dívidas com a Caixa. Entenda!

Fazer um empréstimo consignado é a solução encontrada por muitas famílias para sair de apertos financeiros. No entanto, é preciso ter atenção para não comprometer a renda, ainda mais quando o sustento familiar vem da transferência de programas sociais do governo, como o Bolsa Família.

A situação fica ainda mais complicada quando a família é excluída do benefício, impossibilitando, assim, o pagamento do empréstimo, que é descontado diretamente na folha. De acordo com o governo, milhares de pessoas adquiriram o empréstimo consignado do Auxílio Brasil e agora passam por essa dificuldade.

Entenda como milhares de pessoas perderam o Bolsa Família e ganharam uma dívida

Um levantamento de dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, feito pelo UOL, é preocupante para devedores e credores. Isso porque 104 mil pessoas adquiriram o empréstimo consignado do Auxílio Brasil — antigo programa de transferência de renda do governo Bolsonaro — e agora foram excluídas do Bolsa Família.

No caso das famílias que contrataram o empréstimo, o governo desconta, automaticamente, até R$ 160 do benefício e repassa o valor para os bancos, depositando o restante para o beneficiário. As instituições bancárias recebem todo mês cerca de R$ 550 milhões referentes às parcelas do empréstimo, que foi adquirido por 3,5 milhões de pessoas.

Já para as famílias excluídas do programa social, as parcelas se tornam boletos, que devem ser quitados no fim de cada mês. No entanto, se as famílias não possuírem outra renda além do benefício cancelado, não conseguirão arcar com o pagamento do empréstimo, gerando uma dívida que pode chegar a 50% de juros ao ano.

De acordo com uma estimativa da Caixa Econômica Federal, principal banco credor desse empréstimo, cerca de R$ 200 milhões podem deixar de ser pagos. 

1,4 milhão de beneficiários foram excluídos

Para receber regularmente o repasse do Bolsa Família, o responsável familiar pelo benefício deve, entre outros critérios, manter atualizadas as informações no Cadastro Único. É por meio desse sistema que o governo federal confere os dados para autorizar o pagamento.

Caso isso não ocorra, devido à falta de dados que comprovem a situação financeira da família ou à presença de informações desatualizadas, o benefício pode ser bloqueado, o que já ocorreu com 1,4 milhão de pessoas. Nesse sentido, saiba quais são as situações em que o representante familiar precisa atualizar o cadastro:

  • Nascimento ou morte de algum membro da residência;
  • Mudança de endereço;
  • Alteração na renda familiar;
  • Mudança de escola.

Imagem: rafapress / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital