Brasileiros mais ricos estão deixando de investir
Pesquisa aponta que quase metade dos brasileiros mais ricos da classe A e B não realizam investimentos
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Quase metade dos brasileiros que compõem a classe A e B não realizam investimentos. É o que revelou uma pesquisa da Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) encomendada pelo C6 Bank.
A pesquisa foi realizada com base em depoimentos de 1 mil brasileiros que fazem parte dessas classes. O resultado apontou que 49% dos cidadãos com essa faixa de renda não têm nenhum tipo de investimento.
Investimentos entre os mais ricos
O levantamento também apontou que 59% das pessoas com idade superior a 60 anos, não têm nenhum tipo de aplicação. Ou seja, a população das classes A e B são as que menos poupam recursos.
Dentre os investimentos mais comuns, estão os bancos e plataformas digitais. Na faixa etária de 35 a 44 anos, são 59% que realizam esse tipo de aplicação.
A assessoria de investimentos de forma digital também é a preferida desse tipo de público, ao considerar a faixa de renda mais alta.
No estudo, 56% dos entrevistados declararam que possuem investimentos em bancos ou instituições que não possuem agências físicas, ou seja, nas fintechs.
Os brasileiros que compõem a classe A e têm investimentos no exterior chegam a 18%, de acordo com a pesquisa. Já os componentes da classe B, esse percentual é de 12%. Esse tipo de aplicação além de trazer uma maior diversificação para a carteira, contribui para a redução de danos em cenários nacionais desfavoráveis.
Sobre o total investido, 86% dos mais ricos afirmam que aumentaram os valores investidos nos últimos 12 meses.
Classe A e B
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 5 classes no Brasil, determinadas de acordo com a renda. O valor base é o equivalente a um salário mínimo. Neste ano, o piso nacional é de R$ 1212.
Veja as rendas das classes.
- Classe A: Renda acima de 20 salários mínimos;
- Classe B: Renda entre 10 e 2 salários mínimos;
- Classe C: Renda entre 4 e 10 salários mínimos;
- Classe D: Renda entre 2 e 4 salários mínimos;
- Classe E: Renda de até 2 salários mínimos.
A renda familiar é a soma de todos os rendimentos da família ou das pessoas que moram em uma mesma casa.
Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE, quase 70% dos trabalhadores brasileiros recebem o equivalente a até dois salários mínimos por mês.
Nesse sentido, sem considerar as rendas dos outros membros da família, 70% dos ocupados fazem parte da última classe, a E.
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Imagem: LookerStudio/shutterstock.com