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‘Briga’ de Americanas e bancos pode atrapalhar recuperação judicial

Entenda como a briga travada pela Americanas e instituições bancárias pode atrasar a recuperação judicial da empresa.

A longa disputa que a Americanas (AMER3) tem travado com os bancos podem acabar atrapalhando o processo de recuperação judicial da empresa, que solicitou o pedido para a Justiça no início de janeiro.

A solicitação foi feita após a empresa surpreender o mercado e anunciar um rombo de R$20 bilhões de reais em seu orçamento por ‘inconsistências contábeis’.

Americanas X Bancos

Desde o anúncio do rombo, diversos bancos — que formam os maiores credores da Americanas — se mobilizaram para tentar reaver os seus direitos de receber mesmo diante da recuperação judicial.

A grande maioria das instituições entraram na justiça para exigir o bloqueio do patrimônio da varejista. Quase houve um acordo entre os dois lados, com os controladores da Americanas se dispondo a pagar 7 bilhões de reais aos bancos, pediram um valor maior.

Além deste imbróglio, o que estaria dificultando os dois lados a entrarem em consenso, seria o tipo de empréstimo feito entre a varejista e o banco, no momento que selaram o acordo. Dentre as cláusulas do contrato, estaria que caso a situação da financeira da empresa mudasse, a Americanas teria de antecipar o pagamento dos seus créditos com os credores. 

Ademais, o fato da empresa não ter quitado os seus pagamentos com os credores e a pressão feita pelas instituições bancárias pode levar a recuperação judicial a não correr tão rápido quanto a Americanas esperava. Como credores, os bancos têm o direito a participar nas assembleias e vão votar contra a empresa, levando o processo a se arrastar por meses.

Entenda a situação

Pouco antes do anúncio da recuperação, a varejista decidiu tomar crédito com diversas instituições bancárias visando fazer um caixa robusto — já prevendo que ao tomar conhecimento da crise, o mercado reagiria.

No entanto, o gesto fez com que os bancos se sentissem traídos. Assim, a intenção ao pressionar a empresa é justamente a quebra da empresa ou o ressarcimento do valor tomado. A expectativa é de que haja um acordo a partir do momento que os controladores ejetarem um valor considerável.

Imagem: T. Schneider – Shutterstock.com