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Cai o primeiro ministro de Lula por possível participação na invasão de Brasília

Ministro pediu afastamento enquanto inquérito sobre o 8 de janeiro será aberto para apurar envolvimento do político no caso. Confira!

O Governo Lula (PT) acaba de ter a primeira baixa em seus ministérios. Isso porque o agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, deixou o cargo após a divulgação de imagens que mostram sua suposta participação na invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, em janeiro de 2022.

De acordo com a CNN Brasil, os vândalos receberam água de agentes do GSI durante o ataque, e o ministro foi visto circulando pelo terceiro andar do Palácio do Planalto enquanto os atos mais graves ocorriam no andar de baixo. Após uma reunião com o presidente e outros ministros, Dias pediu demissão, que foi imediatamente aceita.

O que diz o governo sobre o pedido de afastamento do ministro

O GSI divulgou uma nota afirmando que está realizando investigações internas sobre a conduta de seus agentes durante a invasão e que os respectivos autores serão responsabilizados caso sejam comprovadas condutas irregulares. Tanto o governo como a oposição estão tentando aproveitar a repercussão do caso politicamente.

O governo argumenta que o GSI foi aparelhado ao limite pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A oposição alega que a aparente participação do atual ministro nos atos corrobora as suspeitas de que as ações de 8 de janeiro foram uma conspiração de apoiadores de Lula e não um ataque de bolsonaristas. Em nota oficial, o Governo Lula declarou:

“O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio. E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.”

Para PT, agentes eram apoiadores de Bolsonaro

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirma que os indivíduos filmados colaborando com invasores eram do governo do ex-presidente, do GSI do general Augusto Heleno, que ainda não havia sido substituído.

Ela argumenta que os invasores eram todos apoiadores do Bolsonaro e que eles pagarão por seus crimes. O caso deve levar à criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar a invasão.

Imagem: Joédson Alves/ Agência Brasil