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Caiu a casa! Ex-auxiliar de Bolsonaro depõe sobre fraude nos cartões de vacina; entenda

O tenente-coronel foi preso há duas semanas por inserção de dados falsos na carteira de vacinação de Bolsonaro. Saiba mais sobre o caso!

O tenente-coronel, Mauro César Barbosa Cid, foi preso há duas semanas por suspeita de inserção de dados falsos na carteira de vacinação da Covid-19, em sistemas do Ministério da Saúde.

Cid vai deixar a cela que ocupa no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro (BPEB) para prestar depoimento na sede da Polícia Federal. O inquérito também investiga crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa e corrupção de menores.

Qual será a situação do Cid?

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro deverá responder sobre a inserção de informações fraudadas em relação à imunização de ao menos seis pessoas.

Entre elas, Gabriela Santiago Ribeiro Cid e as suas três filhas, além de Bolsonaro e a filha mais nova do ex-presidente, Laura. As investigações apontam que o tenente teria emitido os certificados e usado para embarcar com sua família aos EUA.

Segundo a PF, a análise de mensagens do WhatsApp, por meio da quebra de sigilo telemático, mostraram que as filhas de Mauro Cid realizavam atividades cotidianas nas datas em que aconteceram o registro de vacinação.

Isso causou estranheza nas autoridades, pois as filhas de Cid foram registradas como vacinadas na unidade de Duque de Caxias/RJ, sendo que a família de Mauro mora em Brasília/DF, desde 2020.

Os dados inseridos nos sistemas do Ministério da Saúde mostram que o tenente e suas filhas tomaram três vacinas contra a Covid-19, nas seguintes datas:

  • 1ª dose – 22/06/2021 (terça-feira);
  • 2ª dose – 08/09/2021 (quarta-feira);
  • 3ª dose – 19/11/2021 (sexta-feira).

Todas as doses foram registradas na unidade de Duque de Caxias/RJ, e a primeira e segunda dose foram da fabricante PFIZER, enquanto a terceira foi da JANSSEN.

Sobre o que Cid será questionado em relação a Bolsonaro?

O tenente-coronel deve responder sobre a inserção de dados falsos nos cartões de vacinação de Bolsonaro e Laura. Segundo o inquérito, um perfil foi associado aos dados do ex-presidente no perfil do ConecteSUS, ao menos quatros vezes.

Desde dezembro do ano passado, um perfil com os dados de Bolsonaro foi conectado ao aplicativo. Com auxílio dos investigadores, foi descoberto que a conta era administrada por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do político.

A partir disso, o cadastro feito no nome de Jair Bolsonaro foi alterado para um e-mail de Marcelo Costa Câmera, o assessor especial que acompanhou a estadia do ex-presidente em Orlando, nos Estados Unidos.

Além disso, Cid será questionado sobre o suposto planejamento de um golpe de estado e a origem de US$ 35 mil e R$ 16 mil encontrados em espécie na sua casa, além de uma outra remessa fora do país.

Em depoimento realizado na última terça-feira (16), Jair Bolsonaro negou ter conhecimento desses dados falsos de vacinação em seu nome e de seus familiares. Também declarou que não determinou a inclusão nos sistemas de saúde e não acredita que Cid tenha arquitetado esse esquema criminoso.

Imagem: Skyward Kick Productions / Shutterstock.com