Caixa dá fim ao consignado do Auxílio Brasil: e agora?
Principal instituição financeira que oferece o empréstimo consignado do Auxílio Brasil não está de acordo com a modalidade. Entenda!
A Caixa Econômica Federal anunciou que não irá aderir às novas regras referentes ao empréstimo consignado do Auxílio Brasil. A modalidade de crédito já estava suspensa pela instituição financeira desde que o novo governo assumiu a gestão.
O consignado foi liberado em outubro do ano passado para os beneficiários do programa social em meio às críticas de analistas e apresentou diversos problemas desde o seu lançamento.
De acordo com a presidente da Caixa, Rita Serrano, em entrevista ao Valor Econômico, o serviço fica impossibilitado de continuar com as novas condições definidas recentemente. Em seu discurso, ela ainda ressaltou o cunho eleitoral da medida na época.
Alterações no consignado do Auxílio Brasil
As novas regras alteraram as principais condições do consignado do Auxílio Brasil. Veja:
- Taxa limite de juros caiu de 3,45% para 2,5%;
- Número de prestações teve redução de 24 para 6;
- Comprometimento do valor do benefício diminuiu de 40% para 5%.
Os critérios determinados recentemente são válidos para as famílias que ainda não contrataram o empréstimo. Ou seja, os brasileiros que já haviam solicitado o serviço seguem com as regras antigas.
Fim do consignado do benefício?
A Caixa era uma das principais instituições a disponibilizar o serviço aos clientes. Com a decisão de não aderir às novas regras, certamente o consignado será afetado.
Restará aos outros bancos optarem pela oferta da linha de crédito ou não. Segundo Serrano, o banco público foi o que mais ofertou empréstimo – o valor chegou a R$ 7,6 bilhões.
A presidente ainda falou que não é possível oferecer empréstimo para uma pessoa que depende do dinheiro para se alimentar, que é o caso do público atendido pelo Auxílio Brasil – pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Na entrevista, Serrano afirmou que já se espera alguma inadimplência diante da averiguação nas inscrições do Cadastro Único – promovida pelo atual governo com foco nos cidadãos em situação irregular que podem ser retirados da folha de pagamentos do programa.
Imagem: Rafapress / Shutterstock