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Calote de clientes sobe e Renner fecha 20 lojas

No primeiro trimestre, a Renner fechou 20 lojas de suas marcas, resultando em demissões de funcionários. Entenda a situação

A diretoria financeira da Renner afirmou que a inadimplência continua alta na varejista. As contas em atraso com mais de 90 dias tiveram alta de 0,8%. Além disso, o número de débitos vencidos passou de 22,1% de janeiro a março de 2022 para 28,3% em 2023. Já a perda líquida teve alta de 3,5% para 5,6%. Para piorar, o bom pagador, isto é, aquele que compra parcelado, mas paga em dia, está resistente em fazer compras.

Diante disso, no primeiro trimestre, a Renner fechou 20 lojas de suas marcas, resultando em demissões de funcionários. O comando da varejista admitiu que cometeu erro de análise, tendo um período de março a abril pior do que o projetado. Ele também culpabilizou não só o efeito “macroeconômico”, com o aumento da inadimplência, como a tomada de decisões erradas.

Renner foca em redução de custos

À vista disso, a varejista informou que decidiu fechar algumas de suas lojas, especialmente aquelas que podiam ser absorvidas por outras, a fim de obter maior eficiência e reduzir custos. No entanto, a rede não revelou quantos trabalhadores foram demitidos, mas afirmou que alguns foram realocados e outros, dispensados.

Das 20 unidades que tiveram suas atividades encerradas nos três primeiros meses de 2023, foram 13 da Camicado, quatro da Renner e três da Youcom. A Camicado foi a mais atingida, já que, após a pandemia, houve uma queda acentuada no segmento de casa e decoração.

Inaugurações

Em contrapartida, a companhia prevê que, ainda em 2023, serão inauguradas entre 15 e 20 lojas Renner, sendo que 75% dessas serão implantadas em novas localidades. Além disso, serão lançadas cerca de 10 a 15 Youcom e cinco Ashua.

A rede, recentemente, inaugurou um novo centro de distribuição em Cabreúva, no estado de São Paulo, o que irá aumentar as despesas da companhia no segundo trimestre. Nos primeiros três meses deste ano, as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram alta de 8,8%, enquanto a receita líquida foi de 2,2%.

Mesmo diante de tantas perdas, a Renner acredita que conseguirá encerrar 2023 com uma leve alta na margem bruta, devido aos resultados do segundo semestre deste ano, quando prevê que a demanda será melhor e também verá os resultados da revisão estratégica que está promovendo.

Imagem: rafapress / Shutterstock.com