Carrefour vai parar de vender Pepsi devido aos altos preços; saiba mais
Entenda o motivo do Carrefour e toda a rede de supermercados parar de vender produtos da Pepsi.
A rede de supermercados Carrefour anunciou que irá parar de vender Pepsi e outros produtos da PepsiCo por sua alta de preços. Dessa maneira, as prateleiras dos supermercados da rede ficarão vazias de produtos da marca a partir desta quinta-feira (04).
No entanto, é importante ressaltar que esta decisão abrange apenas o Carrefour da França. Assim, até o momento, no Brasil e no resto do mundo, não há nenhuma notícia de que haverá o corte de produtos da PepsiCo. Porém, na França, isso marca mais uma etapa na guerra entre varejistas e empresas globais no controle de preços.
Entenda a decisão do Carrefour de parar de vender Pepsi
Em uma tentativa de informar seus clientes sobre a decisão de não vender mais os produtos, o Carrefour colocará uma nota nas prateleiras de Pepsi e de PepsiCo em suas lojas na França a partir desta quinta-feira. A nota vai informar a seguinte mensagem: “Não vendemos mais essa marca devido a aumentos de preços inaceitáveis”. Um porta-voz do varejista francês fez a confirmação.
Veja também:
Comprar no exterior com cartão de crédito agora passou a ser mais barato
A PepsiCo não respondeu de imediato a um pedido de comentário. No entanto, a empresa americana havia anunciado em outubro que iria fazer ‘modestos’ aumentos de preços este ano devido à forte demanda. Isso permitiu à PepsiCo elevar sua previsão de lucro para 2023 pela terceira vez consecutiva.
O Carrefour tem se destacado na batalha contra as empresas de produtos de consumo e alimentos em relação aos preços, como agora, anunciando que vai parar de vender produtos Pepsi. No ano passado, a rede lançou uma campanha para alertar os consumidores sobre o chamado “encolhimento” dos produtos, colocando avisos naqueles cujas embalagens diminuíram de tamanho, mantendo-se mais caras. No entanto, o porta-voz não confirmou se isso ainda ocorre.
O impacto da inflação
A inflação tem sido uma grande preocupação para os consumidores e, como tal, os varejistas têm sido pressionados a manter os preços baixos. Nesse sentido, o governo francês solicitou aos varejistas e fornecedores que concluíssem as negociações de preços anuais em janeiro, dois meses antes do habitual.
Os preços ao consumidor na França aumentaram 4,1% em relação ao ano anterior, em dezembro, com a inflação anual de alimentos desacelerando para 7,1%, de 7,7% no mês anterior, de acordo com dados preliminares da agência de estatísticas INSEE.
Por fim, o ministro das Finanças da França já havia ameaçado cobrar impostos especiais sobre os lucros “indevidos” das empresas de alimentos, caso elas não transfiram seus custos mais baixos para os consumidores que já estão lidando com altas contas de energia.
Imagem: HJBC / Shutterstock.com
