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Caso Americanas é o maior escândalo de corrupção do Brasil, diz economista à CPI

A fala do economista aconteceu durante a CPI das Americanas, na Câmara dos Deputados. Saiba mais informações!

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada na Câmara dos Deputados para investigar as possíveis fraudes contábeis em relação às Americanas. Um dos depoentes foi Eduardo Moreira, que falou na última terça-feira (8).

O especialista em mercado financeiro foi categórico ao afirmar que esse é um dos maiores casos de corrupção do Brasil. O escândalo envolvendo a empresa veio à tona em janeiro deste ano. Leia mais sobre o assunto.

Economista acusa Americanas de corrupção em CPI

Eduardo Moreira expôs em uma apresentação a sua visão em relação ao caso das Americanas. Durante a CPI, ele levantou alguns pontos que mostram como os executivos das Americanas agiam.

Um dos pontos é que, de acordo com os estudos feitos sobre um relatório divulgado pelo presidente da empresa, Leonardo Coelho, “existia uma linha de produção organizada para realização da fraude”, segundo Moreira. Assim, os executivos poderiam alegar que os resultados negativos eram um “improviso circunstancial para reagir a um resultado pontual”.

Eduardo também ressaltou que os resultados divulgados pela empresa diferem com a realidade. O economista aponta para um exemplo de um prejuízo de mais de R$ 700 milhões, mas que foi reportado como um lucro de R$ 2.8 bilhões de reais em 2021. Há muitas outras divergências ao longo dos anos. Ele também aponta para o fato dos relatórios feitos de forma confusa.

Com isso, Moreira diz que, “até pela questão numérica, não é uma opinião, mas sim o maior escândalo de corrupção que esse país já viu”. As falas completas do Eduardo Moreira pode ser assistida na íntegra através deste link.

Entenda o caso das Americanas

A Americanas vem sendo alvo de um escândalo bilionário que veio a público no início deste ano, com um rombo de cerca de R$ 20 bilhões em seus balanços contábeis. As descobertas desencadearam uma enxurrada de disputas judiciais, demissões de altos funcionários e investigações internas.

Após o então CEO Sérgio Rial revelar as inconsistências nos balanços contábeis, o escândalo tomou proporções ainda maiores. Rial se demitiu do cargo após somente nove dias de exercício e a empresa entrou em recuperação judicial com dívidas superiores a R$ 40 bilhões.

Imagem: Jair Ferreira Belafacce / shutterstock.com