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Caso de família: fortuna de fundador da Casas Bahia tem disputa acalorada na Justiça

A briga pela fortuna do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, envolve escândalos sexuais, crimes e testes de DNA. Entenda o caso!

Três filhos do fundador da Casas Bahia, Samuel Klein (1923 – 2014), brigam na Justiça pela herança deixada pelo pai. No entanto, o embate pela fortuna bilionária encontra-se travado por causa do não reconhecimento de paternidade de um outro suposto filho de Klein, que tentou provar até a morte ser herdeiro do magnata. 

O quarto filho em questão era o advogado Moacyr Ramos de Paiva Agustinho Junior (1976 – 2021), que nasceu em Santos (SP), fruto de um relacionamento de Klein com uma ex-funcionária das Casas Bahia. No ano de 2011, Agustinho entrou com uma ação de paternidade para provar ser filho do “rei do varejo”.

No entanto, Samuel Klein se recusou a fazer o teste de DNA na época e, após a morte do empresário, seus filhos legítimos, Michael, Saul e Eva Klein, também recusaram a realizar o exame. 

Partilha da herança

Segundo apuração do portal Universa, no ano de 2013, o empresário havia feito um testamento que dividia um patrimônio de quase R$ 500 milhões em 50% para os filhos legítimos, devido à obrigação legal, e 50% conforme sua vontade, sendo:

Patrimônio dos filhos legítimos

  • Michael receberia R$ 82,7 milhões;
  • Saul receberia R$ 82,7 milhões;
  • Eva também teria direito a quantia de R$ 82,7 milhões.

Patrimônio conforme a vontade do empresário

  • O filho mais velho, Michael, conseguiria também cerca de R$ 124 milhões;
  • A neta do varejista, Natalie Klein, que é filha de Michael e dona de duas empresas na Nova Zelândia, teria acesso ao montante de R$ 124 milhões.

Fortuna ainda maior

Ademais, advogados de Moacyr afirmam que Michael, Saul e Eva chegaram a receber uma “herança antecipada” que, ao todo somava-se em R$ 2,6 bilhões. Assim sendo, cada um dos filhos reconhecidos recebeu a quantia de R$ 884 milhões. 

Nesse sentido, a defesa de Agustinho alega que uma versão anterior do testamento, criada em 2009, continha um patrimônio maior que o da versão apresentada em 2013. Dessa forma, os advogados acreditam que a transferência do capital foi antecipada para que o santista saísse prejudicado nessa divisão. 

Portanto, caso a paternidade seja reconhecida judicialmente, toda a partilha da herança deverá ser refeita. 

Filho criminoso

Entretanto, a partilha da fortuna do fundador das Casas Bahia encontra-se bloqueada não apenas devido ao caso envolvendo Moacyr. O filho do meio, Saul Klein, tem feito constantes pedidos milionários de adiantamento da herança.

Em contrapartida, seus irmãos Michael e Eva alegam que Saul encontra-se falido e que utiliza os bens para praticar crimes, como exploração sexual, tráfico de mulheres e prostituição. “Saul é publicamente conhecido por suas extravagâncias financeiras e desvios morais”, declarou Eva em processo contra o irmão.  

Em vista disso, Eva alega ter “provas substanciais” da vida financeira mesclada com as imoralidades praticadas pelo irmão. Aliás, Michael afirma que, para Saul, a herança deixada pelo pai é um “caixa eletrônico”.

Imagem: Orlando Neto e Audio und werbung/ shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital