CDBs e prefixados voltam a pagar 1% ao mês; entenda

Com o cenário de aumento nas taxas dos títulos do Tesouro Direto, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) prefixados também entraram em destaque, oferecendo retornos mais atrativos aos investidores.

Essa mudança ocorreu após meses de queda nos juros, que foram abruptamente interrompidos pela perspectiva de manutenção de taxas elevadas nos Estados Unidos.

Um estudo conduzido pela Quantum Finance, a pedido do InfoMoney, analisou os CDBs emitidos entre 4 e 18 de abril, comparando suas taxas com as praticadas no período anterior, de 20 de março a 3 de abril. Os resultados revelam uma nova dinâmica no mercado financeiro, influenciada pelas oscilações globais das taxas de juros.

O que são CDBs e por que são relevantes para o investidor comum?

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são instrumentos financeiros emitidos por bancos com o propósito de captar recursos para suas atividades.

Em contrapartida, oferecem aos investidores uma rentabilidade fixa ou variável, dependendo das condições acordadas no momento da aplicação, o que pode ser atrativo em relação às taxas de juros vigentes no mercado.

O investimento em CDBs é amplamente considerado seguro devido à garantia oferecida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), tornando-o uma opção interessante para quem busca diversificar seus investimentos sem comprometer a segurança do capital aplicado.

Taxas de rendimento em ascensão

Recentemente, houve um notável aumento nas taxas de rendimento dos títulos bancários prefixados. Por exemplo, um título com vencimento em três anos ofereceu uma média de 11,13% ao ano, em comparação com os 10,73% oferecidos apenas um mês antes.

Da mesma forma, os títulos com vencimento em dois anos apresentaram uma média de remuneração de 10,13%, superior aos 9,81% registrados entre 20 de março e 3 de abril.

Como a situação nos EUA influencia os investimentos no Brasil?

A economia global é interconectada e as decisões de política econômica, especialmente de grandes potências como os Estados Unidos, têm um impacto significativo em mercados emergentes, incluindo o Brasil.

A expectativa de juros altos por mais tempo nos EUA pode levar a um aumento nas taxas de juros internacionais, o que impacta diretamente as decisões de investimento nos mercados domésticos, pois altera a atratividade dos investimentos nacionais comparados aos internacionais.

Impacto nos CDBs pós-fixados e títulos atrelados à inflação

As taxas de rendimento dos títulos bancários atrelados ao CDI mostraram uma dinâmica mista recentemente. Enquanto os papéis de prazos mais longos viram um aumento nas taxas, os de prazos mais curtos experimentaram uma queda.

Por exemplo, os títulos pós-fixados de três anos pagaram 102,10% do CDI, em comparação com 101,48% anteriormente, enquanto os de três meses ofereceram 99,35%, abaixo dos 99,58% anteriores.

Além disso, houve uma redução geral no número de títulos emitidos, de 207 para 141, afetando tanto os títulos vinculados à inflação quanto os prefixados.

Variação nas taxas dos CDBs indexados ao IPCA

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) vinculados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentaram uma queda generalizada nas taxas mínimas, médias e máximas. Por exemplo, os CDBs com vencimento em 24 meses ofereceram um rendimento de 5,30% além da inflação, em comparação com os 5,63% registrados anteriormente.

Da mesma forma, a taxa média dos CDBs de inflação com vencimento em 36 meses diminuiu de 5,99% para 5,56%. O Haitong Brasil permaneceu como a instituição emissora das maiores taxas nessa categoria.

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Ana Paula Carvalho, sócia da AVG Capital, explica que essa queda ocorreu enquanto as taxas dos títulos do Tesouro IPCA+ subiram, sugerindo que os títulos públicos de prazos mais longos foram os mais afetados, enquanto os de prazos mais curtos foram poupados.

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