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Com inadimplência em alta, acesso a empréstimo fica mais difícil

Com o aumento da inadimplência ao longo de 2022, os bancos ficaram mais cautelosos na hora de conceder empréstimos. Entenda

Em janeiro de 2018, havia 59,3 milhões de brasileiros inadimplentes. Após cinco anos, em janeiro de 2023, o número de pessoas nesta situação chegou a 70,1 milhões, o que representa um recorde na série histórica.

Além disso, o valor das dívidas também apresentou aumento, pois, em janeiro de 2018, o valor médio que cada inadimplente devia era de R$ 3.926,40. Já em janeiro de 2023, este número passou para R$ 4.612,30.

Tal mudança corresponde a um crescimento de 19% em cinco anos. Nesse sentido, as dívidas que tiveram alta foram as financeiras, com aumento de 71%. Os dados são de um estudo realizado pela Serasa Experian.

Empréstimo para pessoa física

Com o aumento da inadimplência ao longo de 2022, os bancos ficaram mais cautelosos na hora de conceder valores. Assim, além de estar mais difícil ter acesso ao crédito, os juros ficaram mais altos. Dessa forma, os consumidores passaram a utilizar linhas mais caras, como cheque especial e rotativo do cartão.

Ademais, com grandes empresas entrando em processo de recuperação judicial no Brasil e com a falência de dois bancos nos Estados Unidos, há mais riscos na oferta de valores. Isso também atrapalha na concessão de empréstimos.

Mais reduções

À vista disso, de acordo com um levantamento da Boa Vista, o valor médio dos empréstimos disponibilizados para empresas recém-criadas passou de R$ 22 mil, em 2021, para R$ 12 mil, em 2022. Além disso, o monitoramento também identificou uma mudança no perfil da política de crédito. Nesse sentido, em 2021 os contratos tinham em média 24 parcelas, caindo para 18 parcelas em 2023.

Ademais, segundo a pesquisa da Boa Vista, que foi realizada no primeiro bimestre deste ano, somente 13% das empresas recém-criadas procuram por crédito nos primeiros seis meses de atividade. No entanto, apenas 6% conseguem empréstimo.

Nesse sentido, a baixa concessão do crédito tem atingido aqueles que desejam abrir novos negócios, pois o índice de inadimplência entre esse público é 85% maior do que as empresas com mais de doze meses de atividade.

Imagem: Sidney de Almeida / Shutterstock – Edição: Seu Crédito Digital