Veja como funciona o empréstimo com garantia do celular que aceita até negativados
Valores deste tipo de empréstimo variam de R$ 300 a R$ 3 mil.
A modalidade de empréstimo com garantia do celular tem crescido no Brasil. Ela possibilita que o consumidor, ainda que esteja com o nome negativado, coloque o seu smartphone como garantia ao contratar um empréstimo de determinado valor.
Embora a contratação seja feita de maneira fácil, há o risco do usuário ter seu telefone bloqueado em caso de inadimplência.
O valor do empréstimo pode variar entre R$ 300,00 e R$ 3 mil, dependendo do celular do cliente e, geralmente, o pagamento é dividido em até 12 vezes.
Como funciona o empréstimo com garantia do celular?
As únicas exigências feitas a quem deseja contratar um empréstimo com garantia de celular são que a pessoa seja maior de idade, tenha conta em algum banco e comprove renda de ao menos um salário mínimo (R$ 1.212,00). Além do principal, ter um celular funcionando normalmente para colocá-lo como garantia.
Por mais que a pessoa esteja com o nome negativado nos birôs de crédito, se ela cumprir as exigências acima, ela conseguirá contratar o crédito facilmente, já que o celular é posto como garantia. Contudo, ela não poderá comprometer mais que 30% de sua renda com as parcelas do empréstimo.
Apenas celulares com sistema Android são aceitos, pois o software que os contratantes devem instalar em seus aparelhos, que efetua o bloqueio em caso de inadimplência, não é compatível com sistema iOS.
A avaliação do aparelho é feita 100% on-line, onde o cliente deve responder várias perguntas a respeito das funcionalidades do dispositivo, como bateria, som, câmera e microfone, além de ter que enviar fotos para que seja avaliado o estado do aparelho.
Bloqueio do celular
Caso haja atraso no pagamento da parcela, o cliente tem seu smartphone bloqueado através do software instalado no aparelho, deixando-o inutilizável, podendo apenas fazer chamadas de emergência.
O smartphone é desbloqueado apenas quando o usuário regulariza o pagamento do empréstimo.
Modalidade questionada
O promotor do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Paulo Roberto Binicheski, explicou ao TechTudo que “a cláusula é abusiva por se aproveitar da fraqueza da vítima e de sua condição social”. Ele ainda pontuou que as empresas do setor “pegam as pessoas mais carentes” por focarem apenas em usuários de Android.
O MPDFT abriu inquérito civil público para apurar a questão. Contudo, ainda não é conhecido nenhum desfecho sobre o caso.
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Imagem: Leonidas Santana / Shutterstock.com