Como saber se renegociar dívidas com o Desenrola é uma boa opção?

O Desenrola Brasil chegou aos brasileiros nesta semana. O programa de renegociação de dívidas deve atender a milhões de pessoas e reduzir os altos índices de endividamento do país, que registrou seu recorde em 2022. Os dados foram apontados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). 

De acordo com o levantamento, 78 brasileiros a cada 100 estavam endividados. Em junho deste ano, houve outro avanço, e o percentual chegou a 78,5%. Nesse sentido, a iniciativa do Governo Federal pretende alcançar mais de 71 milhões de pessoas. 

O programa foi dividido em duas faixas de renda: a primeira delas é composta por cidadãos com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único, já a segunda é formada pelos brasileiros com renda entre R$ 2.640 e R$ 20 mil. Nesta primeira fase, apenas esta última pode negociar.

Desenrola oferece melhores condições para as dívidas

Os bancos participantes do Desenrola se comprometem a oferecer melhores condições de pagamentos para que os brasileiros possam quitar suas pendências. Em determinados casos, são oferecidos descontos superiores a 90% e parcelamento em até 96 vezes. 

Além disso, desde segunda-feira (17), as pessoas com dívidas de até R$ 100 já começaram a ter o nome regularizado pelas instituições financeiras. A medida foi uma das condições determinadas pelo governo. 

Em setembro, a faixa 1 do programa deve ser contemplada. Para as negociações, será lançada uma plataforma exclusiva com todas as características disponibilizadas pelas empresas envolvidas. Mas, afinal, vale a pena participar do programa?

O Desenrola é uma boa opção?

De acordo com especialistas do setor ouvidos pela BBC Brasil, a renegociação de dívidas é sempre um passo importante. Por isso, quanto antes for possível, melhor é para o consumidor. Segundo Iziz Ferreira, da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC), o nome “sujo” pode trazer uma série de consequências. 

Ainda assim, é preciso avaliar as condições que serão disponibilizadas para a quitação das pendências. E, mais: analistas recomendam que os endividados também entrem em contato com a instituição financeira para saber quais são as opções por fora do Desenrola. 

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