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Confira algumas empresas que pediram recuperação judicial nos últimos anos

Confira algumas grandes empresas que entraram com pedido de recuperação judicial no Brasil nos últimos anos.

De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, em março deste ano, 94 empresas brasileiras entraram com pedido de recuperação judicial, o que representa uma alta de 6,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Já no acumulado de 2023, o aumento é de 37,6%.

Na última sexta-feira (12), a Light, empresa de energia elétrica, após não obter êxito na negociação com os credores, entrou com pedido de recuperação judicial. Já o destino da Marisa, empresa de moda feminina, não deve ser tão distante disso, pois, também na sexta-feira, a rede teve o pedido de falência realizado por seus credores.

Light informou que os débitos que serão renegociados por meio da recuperação judicial chegam a cerca de R$ 11 bilhões. Além disso, os credores da Marisa apontaram à Justiça que a empresa deve a eles cerca de R$ 882.797.84.

Recuperação judicial

Com o intuito de evitar a falência, o processo judicial visa proteger os funcionários, prestadores de serviços e clientes de uma empresa que esteja com muitas dívidas e não consiga quitá-las. Esse procedimento também possibilita que haja um acordo entre a empresa e seus credores. Confira algumas grandes empresas que entraram com pedido de recuperação judicial nos últimos anos:

Oi

O primeiro processo de recuperação judicial da Oi, o maior solicitado no Brasil até então, teve início em 2016, quando a empresa possuía uma dívida de R$ 65,4 bilhões. Embora o encerramento do processo tenha acontecido em dezembro de 2022, a companhia de telecomunicações continuou com uma dívida no valor de R$ 43,7 bilhões. 

Assim, após não ter sucesso nas negociações com credores, a Oi entrou com um novo pedido de recuperação em março deste ano.

Ricardo Eletro

A Máquina de Venda, dona da marca de varejo Ricardo Eletro, alegando ter sofrido com os efeitos da pandemia da Covid-19, entrou com pedido de recuperação judicial em agosto de 2020, com uma dívida no valor de R$ 4 bilhões. Embora tenha tido três declarações de falência no ano passado, atualmente a empresa continua no processo de recuperação.

Samarco

A Samarco, uma sociedade da Vale e do grupo anglo-australiano BHP, após a tragédia do rompimento da barragem de Mariana, pela qual foi responsável, em novembro de 2015, teve suas operações paralisadas até 2020. Em abril de 2021, a empresa entrou em recuperação judicial, com uma dívida de R$ 50 bilhões.

Americanas

Um dos casos de maior repercussão no Brasil, a Americanas anunciou a descoberta de “inconsistências contábeis” no valor de R$ 20 bilhões no dia 11 de janeiro de 2023. Dois dias depois, a empresa se corrigiu e comunicou que, na verdade, o rombo chegava a R$ 40 bilhões. Assim, no dia 19, a varejista entrou com um pedido de recuperação judicial de cerca de R$ 43 bilhões.

Grupo Petrópolis

Em março de 2023, o Grupo Petrópolis, dono de marcas de cerveja, como Itaipava, Crystal e Petra, após sucessivas quedas na receita, solicitou a recuperação judicial com uma dívida de R$ 4,2 bilhões. O pedido foi aceito pela Justiça do Rio de Janeiro no dia 13 de abril.

Imagem: Zolnierek / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital