Consignado do INSS poderá passar por mudanças em breve; confira

Desde que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) diminuiu o teto da taxa de juros do empréstimo consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 2,14%  para 1,70% ao mês, a modalidade de crédito despertou o interesse de muitas pessoas, principalmente do governo federal.

Assim, nesta terça-feira (28), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), afirmou que o governo, nos próximos 60 dias, irá “repensar o papel do consignado”, realizando estudos acerca do comprometimento de renda e sobre as abordagens que as instituições financeiras têm com os beneficiários do INSS.

Grupo de trabalho

De acordo com Lupi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou um grupo de trabalho focado no consignado do INSS que contará com os ministérios da Previdência, da Fazenda, do Desenvolvimento Social e do Trabalho, também fará parte da equipe a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que integra o Ministério da Justiça. Além disso, também participarão do grupo os bancos públicos Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) já havia demonstrado preocupação em relação ao comprometimento da renda dos beneficiários do INSS com o consignado, que atualmente, pode ser de até 45%. O chefe da pasta também falou acerca do rotativo do cartão de crédito consignado e afirmou que muitas pessoas estão com problemas para sair da modalidade.

Teto da taxa de juros

Nesta terça-feira (28), após o presidente Lula, em reunião com ministros, definir o teto da taxa de juros do consignado do INSS, o CNPS aprovou o aumento dos juros da modalidade para 1,97%, enquanto os juros do cartão de crédito consignado ficaram em 2,89%.

O aumento acontece após a repercussão negativa da redução da taxa, onde diversos bancos suspenderam a modalidade de crédito, alegando não ser viável o oferecimento desse tipo de empréstimo.

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