Correios: governo quer vender estatal integralmente em leilão único
O presidente da Câmara, Arthur Lira, colocou na pauta de votação do Plenário o Projeto de Lei que inicia a privatização dos Correios.
O Governo Federal já está definindo o modelo de privatização dos Correios. A proposta que o Ministério da Economia enviou à Câmara dos Deputados deve ser votada até semana que vem. A intenção da União é se desfazer de 100% do capital da empresa.
Correios: governo quer vender estatal integralmente em leilão único
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, colocou na pauta de votação do Plenário o Projeto de Lei (PL) que inicia a privatização dos Correios. O projeto quer quebrar o monopólio da estatal, permitindo, assim, que empresas privadas possam explorar os serviços postais.
De acordo com uma nota do Ministério da Comunicação, serão feitos estudos pelo BNDES para verificar o “melhor o modelo de desestatização [dos Correios], que pode ser, por exemplo, a venda direta, a venda do controle majoritário ou de apenas parte da empresa”.
Em entrevista, o secretário de Desestatização do ministério da Economia, Diogo Mac Cord, deu dicas de como vai ser o modelo de privatização dos Correios. Ele afirma que o governo quer se desfazer de 100% do capital da agência postal do Brasil.
Dessa forma, a venda dos Correios vai ser realizada por meio de um leilão tradicional. Nele, o comprador vai levar todos os ativos e passivos da estatal. Contudo, a aprovação na Câmara é fundamental para que o governo possa cumprir o cronograma de venda dos Correios. O leilão tem previsão de ocorrer em março de 2022.
Ainda não existe um valor previsto para a privatização dos Correios. É dito isso, pois ainda são necessários estudos sobre as contas da estatal. Entretanto, um estudo preliminar do BNDES calcula que a empresa tem um passivo de cerca de R$ 13 bilhões. Já os ativos estão avaliados em R$ 14 bilhões.
Por fim, mesmo que ocorra a aprovação da privatização na Câmara, ainda há a tramitação no Senado Federal pela frente. E os senadores têm se mostrado mais resistentes para aprovar a privatização dos Correios.
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Imagem: Jo Galvao / shutterstock.com