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Crise nos sindicatos: Brasil tem menor número de trabalhadores sindicalizados em 10 anos

País perdeu 5,3 milhões de trabalhadores sindicalizados; entenda as possíveis causas do fenômeno, segundo especialistas.

A recente pesquisa divulgada pelo IBGE revelou que o Brasil está enfrentando uma significativa redução no número de trabalhadores sindicalizados. Sendo assim, hoje, somente 9,1 milhões (9,2% das pessoas ocupadas) são trabalhadores sindicalizados.

Essa diminuição marca o ponto mais baixo na série histórica desde 2012. Nesse período, o país perdeu 5,3 milhões de trabalhadores filiados a sindicatos. Com isso, especialistas destacam esse fenômeno que está alterando o cenário do mercado de trabalho brasileiro e apontam possíveis causas para ele. A seguir, entenda mais sobre a situação.

Número de trabalhadores sindicalizados cai; entenda o porquê

Carteira de trabalho com gráficos virtuais ao lado
Imagem: Brenda Rocha – Blossom e Vintage Tone / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Esse cenário começou a mudar significativamente após a reforma trabalhista de 2017. Assim, embora tenha havido um crescimento de 4,9% no contingente de trabalhadores ocupados entre 2019 e 2022, a sindicalização não seguiu na mesma direção.

A flexibilização dos contratos de trabalho, a remoção da obrigatoriedade da contribuição sindical e a permissão para acordos individuais são apontados como fatores-chave nessa diminuição. De fato, o mercado de trabalho tem passado por uma transformação.

Com isso, é crescente número de trabalhadores atuando por conta própria, seja como microempreendedores individuais (MEI) ou por meio de contratos PJ. Além disso, a expansão das plataformas digitais e do trabalho sob demanda fez com que muitos trabalhadores adotassem abordagens individuais, evitando a sindicalização.

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Apesar do cenário geral de declínio, alguns setores ainda mostram uma adesão considerável aos sindicatos. É o caso da agropecuária, com 16,5% de sindicalizados em 2022, refletindo o papel fundamental dos sindicatos rurais, sobretudo nas regiões Nordeste e Sul.

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Além disso, a administração pública, por sua vez, também manteve um percentual acima da média nacional, mesmo com uma queda de 24,5% em 2012 para 15,8% em 2022. Essa permanência sugere que, em certos setores, os sindicatos continuam sendo vistos como uma ferramenta essencial para garantir direitos e representação.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom e Vintage Tone / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital