Decreto de Lula gera demissão em massa em grande empresa: ‘sufocante’
Após determinação de Lula, empresa realiza demissão em massa. Entenda o motivo para a decisão tomada pela companhia!
A conhecida fabricante de armas, Taurus, localizada no bairro Fazenda São Borja, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, despediu mais um grupo de empregados nesta terça-feira (25). De acordo com as informações divulgadas, confirmou-se a dispensa de aproximadamente 100 colaboradores neste novo momento devido ao decreto de Lula sobre o porte de armas.
Essa medida vem após a empresa já ter cortado outros 230 postos de trabalho no início de fevereiro. Essas ações ocorrem como consequência das novas políticas governamentais em relação ao controle de armas no país.
Empresa culpa medida de Lula por demissões
O novo decreto federal impõe limites ainda mais rígidos ao acesso a armas no Brasil. Para Nuhs, isso coloca em risco a capacidade da Taurus de manter suas operações e sua força de trabalho. A empresa, que produz aproximadamente 4.700 armas por dia, vê a medida como uma ameaça ao seu negócio e aos empregos que oferece.
“Houve um decreto no começo do ano que já nos fez dispensar parte do nosso pessoal. Agora, com um novo decreto ainda mais restrito, fomos forçados a tomar essa decisão novamente”, lamentou Salezio Nuhs, CEO da Taurus.
Diante da situação, a Taurus já está buscando alternativas para manter suas operações. A empresa de armas vem tratando do assunto com os governos municipal, estadual e federal na busca de uma solução. O impacto do decreto, contudo, vai além da questão trabalhista.
“É um dia muito triste para nós. Como indústria, geramos empregos que sustentam famílias e a tomada de decisões baseada apenas na ideologia não leva isso em consideração”, argumentou Nuhs.
Futuro deste mercado
Com o mercado interno de armas em queda, a Taurus tem focado em exportações, que atualmente representam aproximadamente 90% de sua produção.
De acordo com Nuhs, a medida “sufoca” o direito dos cidadãos ao acesso a uma arma de fogo. “O decreto impede o civil de ter acesso a uma arma de fogo, uma conquista de 2005. Até o calibre 38, que sempre foi permitido no Brasil, não pode mais ser usado, nem mesmo por um vigilante armado”, analisou o CEO.
Nota oficial da Taurus sobre as demissões
Por fim, a assessoria de imprensa da Taurus entrou em contato com o Seu Crédito Digital para enviar uma nota oficial sobre a situação. De acordo com a empresa, a decisão foi “indesejável e triste”, porém necessária para se adequar à realidade imposta pelas novas restrições. Confira a seguir a nota na íntegra:
“A Taurus não realizou demissão em massa em resposta a novas políticas governamentais de controle de armas no país. Isso jamais seria uma atitude da Taurus, pois seria um desrespeito aos nossos funcionários. Foi uma decisão indesejável e triste para adequar a nossa produção à realidade imposta pelas restrições.
A empresa lamenta profundamente as demissões, inclusive por ir na contramão de todo o investimento realizado nos últimos anos na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas, por meio do projeto da Taurus de Educação Continuada, com o intuito de contribuir para o crescimento pessoal e profissional de seus colaboradores.”
Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil
