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Déficit público representou 7,28% do PIB no acumulado de 12 meses até novembro, aponta Bacen

Bacen revela que déficit público atingiu 7,28% do PIB em 12 meses até novembro.

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (05) os dados referentes ao déficit público do setor público consolidado, evidenciando um cenário desafiador. O resultado nominal, que incorpora o déficit primário e os juros nominais, apresentou um déficit de R$ 80,9 bilhões em novembro.

Dessa maneira, ao considerar os últimos doze meses até novembro, o déficit nominal alcançou R$ 844,8 bilhões, equivalente a 7,82% do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, este dado representa um aumento em relação ao mês anterior, que registrava um déficit de R$ 834,3 bilhões, correspondendo a 7,77% do PIB.

Ampliação do déficit primário

O déficit primário do setor público consolidado foi de R$ 37,3 bilhões em novembro, contrastando com o resultado deficitário de R$ 20,1 bilhões no mesmo mês do ano anterior. Ademais, o aumento no déficit primário impulsionou-se pelos déficits de R$ 38,9 bilhões no Governo Central e de R$ 343 milhões nas empresas estatais. Por outro lado, houve um superávit primário de R$ 2 bilhões nos governos regionais.

moedas real déficit primário
Imagem: rafastockbr / Shutterstock

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 59,5% do PIB em novembro, representando um aumento de 0,3 ponto percentual em relação a outubro. Os impactos nos quais o incremento foi influenciado incluem os juros nominais apropriados, o déficit primário, a valorização cambial e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida.

Elasticidades da dívida

O relatório do Banco Central destaca as elasticidades da DLSP e da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) em relação a diversos fatores. Uma desvalorização de 1% na taxa de câmbio impactou negativamente em 0,07 ponto percentual na relação DLSP/PIB. Reduções de 1 ponto percentual na taxa Selic e nos índices de preços resultaram em diminuições de 0,43 e 0,17 ponto percentual, respectivamente, na relação DLSP/PIB. Essas elasticidades revelam a sensibilidade do endividamento público a mudanças no cenário econômico.

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Os dados divulgados pelo Banco Central evidenciam um cenário fiscal desafiador, com déficits persistentes e um crescimento expressivo na dívida pública. O aumento na DLSP e na DBGG, aliado à sensibilidade a fatores externos, destaca a necessidade de uma gestão fiscal eficiente para lidar com as complexidades econômicas enfrentadas pelo país.

Imagem:OlegRi/shutterstock.com