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Desemprego avança em 3 meses e atinge a marca de 7,9%; veja mais

Nos últimos três meses, o desemprego atingiu 7,9%, apresentando um desafio para a economia. Confira mais detalhes!

Recentemente, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram uma variação notável na taxa de desemprego no Brasil no primeiro trimestre de 2024. Este período, encerrado em março, apresentou um aumento na taxa de desemprego para 7,9%. O que representa um crescimento de 0,5 ponto percentual em comparação ao último trimestre de 2023. Apesar disso, a taxa atual ainda se mostra inferior em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 8,8%.

A elevação da taxa de desemprego é atribuída principalmente ao aumento do número de pessoas em busca de emprego, a chamada “população desocupada”. Este grupo observou uma ascendência de 6,7%, ou seja, um acréscimo de 542 mil indivíduos à procura de trabalho. Simultaneamente, houve uma redução de 0,8% na população ocupada em relação ao trimestre anterior. Embora ainda se observe um aumento de 2,4% em comparação ao mesmo trimestre de 2023.

Impacto das variações sazonais no desemprego

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a elevação observada no primeiro trimestre é característica do movimento sazonal da força de trabalho que, tradicionalmente, enfrenta perdas nesse período do ano. No entanto, Adriana aponta que a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março desde 2014. Quando foi registrada uma taxa de 7,2%, indica uma tendência de queda contínua nos últimos dois anos.

Carteira de trabalho sobre bandeira do Brasil ao lado de moedas e cédulas de real ilustrando seguro-desemprego
Imagem: gustavomellossa/shutterstock.com

Um dos pontos positivos destacados pelo estudo foi a estabilidade nos empregos com carteira assinada no setor privado, mantendo-se em 38,0 milhões de trabalhadores, mesmo diante da redução geral da ocupação. Esta estabilidade é vista como um indicativo importante da manutenção de ganhos na formalização do emprego no Brasil.

Além disso, o rendimento médio das pessoas ocupadas mostrou crescimento de 1,5% no trimestre, alcançando R$ 3.123. Este aumento é ainda mais expressivo quando observado em uma base anual, com uma alta de 4,0%. Segmentos como Transporte, armazenagem e correio, além de Serviços domésticos e Outros serviços, apresentaram as maiores elevações.

Quais as perspectivas para o mercado de trabalho nos próximos trimestres?

Embora a sazonalidade do primeiro trimestre tenda a impactar negativamente a ocupação, a tendência de recuperação observada nos últimos dois anos gera uma expectativa positiva para o restante de 2024. A estabilidade do emprego formal e o aumento dos rendimentos são fatores que podem contribuir para uma melhora contínua no mercado de trabalho brasileiro.

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Além disso, a manutenção da massa de rendimentos, mesmo com a redução da população ocupada, é um indício de que o poder de compra pode permanecer estável. Contribuindo para a sustentação do consumo e da atividade econômica no país. Portanto, a análise detalhada dos próximos relatórios do IBGE será essencial para confirmar essas expectativas e ajustar as políticas necessárias para fomentar ainda mais o emprego e a economia no Brasil.

Imagem: gustavomellossa/shutterstock.com