Dez deputadas votaram contra Lei da Igualdade Salarial; veja quem são elas
A Lei de Igualdade Salarial estabelece a obrigação de igualdade salarial entre homens e mulheres. Veja as deputadas de votaram contra!
A igualdade entre homens e mulheres tem sido um tema recorrente no mundo. Mesmo com o aumento da participação feminina na força de trabalho, a discriminação contra as mulheres no mercado ainda persiste.
No Brasil, é comum que as mulheres trabalhem em cargos que pagam salários mais baixos e com altos índices de informalidade. Além disso, não é raro que mulheres recebam um salário menor que o dos homens, apesar de ocuparem o mesmo cargo que eles.
Para combater essa prática discriminatória, o Congresso Nacional aprovou, na última quinta-feira (4), a Lei da Igualdade Salarial. Apesar de uma ampla maioria ter votado a favor do projeto, várias deputadas ligadas ao bolsonarismo foram contra a nova lei.
A nova Lei de Igualdade Salarial
A nova Lei de Igualdade Salarial foi enviada pelo presidente Lula para a Câmara dos Deputados no dia 8 de março – Dia Internacional das Mulheres.
Assim, a Lei de Igualdade Salarial estabelece a obrigação de igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo e também cria mecanismos para facilitar a fiscalização das empresas.
O projeto de lei ainda prevê multas para as empresas que praticarem a discriminação. O empregador deverá pagar uma multa para a funcionária de até dez vezes o salário que ela deveria receber, caso seja identificada a discriminação.
Além disso, mesmo recebendo a multa, a mulher ainda poderá entrar na justiça para pedir indenização por danos morais. A lei recebeu um forte apoio na Câmara, com 325 votos a favor e 36 contrários. Agora, ela seguirá para o Senado.
Deputadas votam contra as mulheres
Assim, entre os 36 deputados que votaram contra o projeto, 10 são mulheres, todas ligadas à direita e ao bolsonarismo. Carla Zambelli (PL-SP), uma das mais importantes aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi uma delas.
A deputada causou polêmica no ano passado ao sacar e apontar uma arma contra um homem na rua, durante uma discussão. Além disso, Bia Kicis (PL-DF), outra aliada do ex-presidente e defensora do voto impresso, também votou contra.
Outro voto contra o direito das mulheres foi a da deputada Rosângela Moro (União-SP), esposa do ex-juiz Sérgio Moro. Durante a votação, ela afirmou que o projeto pode “desestimular a contratação das mulheres”. Além delas, as outras sete deputadas que votaram contra a Lei da Igualdade Salarial foram:
- Dani Cunha (União-RJ);
- Any Ortiz (Cidadania-RS);
- Silvia Waiãpi (PL-AP);
- Adriana Ventura (Novo-SP);
- Magda Mofatto (PL-GO);
- Julia Zanatta (PL-SC);
- Chris Tonietto (PL-RJ);
- Caroline de Toni (PL-SP).
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