Disney: conheça história, números e ramos de negócio da marca
A empresa americana é um conglomerado do ramo de entretenimento que lucra mais um bilhão de dólares por trimestre
Praticamente todo mundo conhece a Disney. Mas, o que nem todo mundo tem dimensão, é sobre a empresa por trás dos parques de Orlando e dos filmes da marca.
A The Walt Disney Company foi fundada em 1923 em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, pelos irmãos Walt Disney e Roy Oliver Disney.
Ao longo dos seus 100 anos de história, muita coisa mudou e a marca conseguiu se reinventar sem perder a sua essência.
A empresa nasceu como pioneira no mercado de animação. Com o passar dos anos, foi ampliando sua participação na indústria, tornando-se a gigante do entretenimento que é hoje.
Atualmente, a marca tem diversas frentes de atuação, sendo as principais: indústria cinematográfica, indústria musical, televisão, streaming, lazer e turismo e comércio de produtos.
Dessa forma, o conjunto desses negócios fez com que a Walt Disney Company registrasse lucro líquido de US$ 1,28 bilhão no primeiro trimestre fiscal de 2023. No mesmo período de 2022, foram US$ 1,15 bilhão.
Fundadores da Disney
Seus fundadores foram os irmãos Walt Disney (1901-1966) e Roy Oliver Disney (1893-1971), que nasceram em Chicago. Enquanto Roy era um empresário e tinha uma mente aguçada para os negócios, Walt era um cineasta brilhante, que começou a estudar arte aos 16 anos.
A união desses dois talentos deu origem à Disney, em 1923, depois que Walt se mudou para Los Angeles e começou a trabalhar no setor cinematográfico.
Com o nome inicial de Disney Brothers Cartoon, a empresa era especializada em animações, um segmento cinematográfico que vinha ganhando visibilidade na época. Assim, os irmãos foram os primeiros a produzirem longas metragens em animação.
Walt Disney é a pessoa que venceu o maior número de Oscars na história. Ao todo, foram 22 prêmios da Academia e 59 indicações. Ele também venceu sete Emmy Awards.
História
O primeiro longa de animação lançado pela companhia foi “A Branca de Neve e os Sete Anões”, em 1937. O filme levou três anos para ficar pronto, mas se tornou campeão de bilheterias na época.
Antes mesmo de Branca de Neve, alguns personagens foram criados por Walt, como o Mickey Mouse, que se tornou símbolo da marca. Aos poucos, outros ícones foram surgindo, como Cinderela, Mary Poppins, Pinóquio, Bambi, etc.
Em 1940, a Disney já era grande o suficiente para estrear na bolsa de valores – e foi isso que aconteceu.
No Brasil, é possível comprar recibos de ações da empresa, os BDRs, que têm o código DISB34.
Parques
A Disneyland, primeiro parque da marca, foi fundado na Califórnia em 1955 e idealizado por Walt Disney para ser um mundo mágico em que as pessoas poderiam se sentir nos filmes.
Depois da morte de Walt Disney, Roy decidiu lançar o conglomerado de parques, hotéis, lojas e atrações com o nome de Walt Disney World, em homenagem ao seu irmão, em 1971.
O lugar existe até hoje em Orlando, na Flórida, tem o tamanho da cidade de São Francisco, tem mais de 70 mil funcionários e recebe visitantes de todo o mundo.
A Walt Disney World, contudo, também tem sedes em Paris, na França, Tóquio, no Japão e em Hong Kong e Xangai, na China.
Saiba mais:
A Disney Music Group foi fundada em 1989, inicialmente como Disneyland Records, e reúne o conglomerado de gravadoras musicais da Disney – que servia para os sucessos musicais dos filmes, mas depois começou a também lançar artistas.
Os estúdios cinematográficos da Disney em Hollywood são uns dos maiores de todo o mundo. Fazem parte da sua indústria, por exemplo, a Pixar, da LucasFilm, a 21st Century Fox, Marvel, ESPN, Disney Channel, entre outros.
O Disney+ foi o primeiro canal de streaming, lançado em 2019. Ele colheu grandes frutos principalmente no período de pandemia, em que as pessoas começaram a consumir ainda mais streaming.
Capacidade de adaptação a novos modelos de negócios
Com o passar das décadas, a empresa se reinventou. Ela repensou e criou novos modelos de negócio à medida em que a tecnologia avançava.
Um exemplo disso foi a criação do canal de streaming Disney+, que tornou a companhia competitiva no mercado de streaming global.
Ao mesmo tempo, a marca mudou a forma de pensar seus personagens e produtos de acordo com as mudanças da sociedade. Foi assim que surgiram princesas negras, asiáticas, guerreiras, entre outros símbolos de representatividade.
O canal de televisão Disney, com séries que lançaram grandes nomes como Selena Gomez, Miley Cyrus e Demi Lovato, também colaborou para diversificar as áreas de atuação e as fontes de renda do negócio. Além de mantê-lo em alta, é claro.
Números da Disney
A Walt Disney Company registrou lucro líquido de US$ 1,28 bilhão no primeiro trimestre fiscal de 2023. No mesmo período de 2022, foram US$ 1,15 bilhão. Já o lucro por ação passou de US$ 0,63 para US$ 0,70 em um ano.
As receitas da companhia somaram US$ 23,51 bilhões entre outubro e dezembro de 2022, uma alta de 7,7% sobre o mesmo período de 2021.
Como comparação, com o dólar comercial a R$ 5,25, o lucro da companhia somou cerca de R$ 6,72 bilhões, enquanto o faturamento, em reais, somou mais de R$ 123 bilhões. Números impressionantes!
Também no último trimestre de 2022, o número de assinantes do serviço de streaming da companhia, o Disney+ somou 161,8 milhões. Apesar do número expressivo, no entanto, isso representa uma queda de 17,6% sobre o número registrado um ano antes.
Em relação aos parques e resorts, a receita da Disney foi de US$ 8,7 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2023, um aumento de 20,8% sobre o mesmo período de 2022.
Demissões
Apesar dos números grandiosos, no final de março, a empresa informou que iria realizar uma série de demissões, que devem cortar cerca de 7 mil funcionários até meados de 2023.
Uma nova rodada de demissões pode ocorrer até abril, o que reduziria o quadro em cerca de 3% do quadro total, de aproximadamente 220 mil pessoas.
Mesmo diante deste aperto, os números da Disney são enormes e não tiram o brilho da empresa, que tanto encanta mundo a fora.
imagem: Ivan Marc / shutterstock.com
