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Dólar chega a R$ 4,89 na mínima e atinge menor nível em 2 anos

O dólar chegou à R$ 4,89 nesta quarta-feira (23). O valor representa o menor nível desde março de 2020. Com isso, a moeda americana já acumula queda de 12% frente ao real.

Esse reajuste é causado pela valorização do petróleo, o que beneficia moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como produtos agrícolas e minerais.

Além disso, a alta das matérias-primas no mundo, causadas pela guerra na Ucrânia e a perspectiva de mais aumento de juros, atrai investimentos estrangeiros para o Brasil. Isso ajuda a impulsionar a bolsa e derrubar o dólar.

Essa queda do dólar é comparável ao do início da pandemia, quando chegou a ser comerciada por R$ 4,88. A moeda alcançou o novo patamar por volta de 9h55, quando o preço diminuiu 0,12% da cotação, que era de R$ 4,90082 no mercado de câmbio.

Impactos da queda do dólar

Os analistas do banco britânico Barclays afirmam que a mudança é positiva para moedas de países emergentes e beneficiam o crescimento a curto prazo. Eles afirmam que:

“Isso deve beneficiar moedas apoiadas por taxas reais ex-ante [juro nominal descontada a projeção de inflação para um ano à frente], já altas e exportações de commodities (como na América Latina na Africa do Sul) contra moedas de alto com baixos rendimentos (por exemplo, Europa Central e do Leste e leste da Ásia)”

O presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, afirmou que essa situação será uma oportunidade para o Brasil entrar no mercado global.

De acordo com ele, haverá uma corrida de investimento estrangeiro para o ocidente e o país tem potenciais para serem explorados. Em comunicado, Neto explicou o seguinte:

“(A guerra) Significa para o mundo um período relativamente longo de menos crescimento e mais inflação. Para o Brasil, como efeito do choque da guerra, a gente vê o seguinte: positivo para os minerais, a parte de alimentos, se o Brasil tiver fertilizantes, sobe. A parte de derivados fósseis, para o Brasil sendo exportador, é um problema. Mas é uma oportunidade, com a redivisão, de estarmos mais presentes no mercado global”.

A declaração ocorreu no evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Fiesp, sobre regras fiscais e os desafios da economia.

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imagem: 1599686sv / shutterstock.com