DPVAT possui saldo surpreendente, mesmo não tendo sido cobrado desde 2020
Apesar de não ser cobrado dos motoristas há alguns anos, o DPVAT possui um saldo surpreendente. Saiba quanto já foi repassado em indenizações
O Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) não será cobrado em 2023. Assim, será o terceiro ano consecutivo. Entretanto, o seguro possui saldo surpreendente.
O pagamento do DPVAT era feito anualmente, junto com o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). Porém, o governo desobrigou seu recolhimento em 2020.
Dessa forma, 2023 será o terceiro ano sem a obrigatoriedade do pagamento do seguro. Mesmo assim, as indenizações continuam sendo pagas normalmente, já que o DPVAT possui um saldo surpreendente.
Atualmente, o dinheiro que está no Fundo do Seguro DPVAT e as indenizações estão sendo gerenciadas pela Caixa Econômica. Dessa forma, o banco deve ser responsável por isso, no mínimo, até o fim do ano que vem.
Todo ano milhões são pagos em indenizações
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o gasto estimado para 2023 está entre R$ 1,4 e R$ 1,5 bilhão de reais. Assim, esse valor se refere aos pedidos de indenização que já foram feitos e os que ainda serão pedidos.
Além disso, até o mês de setembro deste ano, foram repassados R$ 1,278 bilhão de indenizações feitas pelo DPVAT.
O DPVAT oferece 4 tipos de indenizações. Entretanto, cada uma delas tem um limite máximo. Os valores pagos variam conforme a gravidade do acidente e a condição da vítima. Por exemplo:
- Despesas médicas e hospitalares: reembolso no valor máximo de R$ 2,7 mil;
- Invalidez permanente: indenização de R$ 13,5 mil;
- Invalidez mais despesas médicas e hospitalares: conforme avaliação da Caixa;
- Morte: indenização de R$ 13,5 mil.
Como pedir a indenização do DPVAT
Os interessados em conseguir uma indenização do DPVAT e acessar seu saldo devem fazer o pedido através do aplicativo DPVAT Caixa.
Antes de começar é importante ter todos os documentos necessários digitalizados. Por exemplo, RG, boletim de ocorrência, comprovante de residência, laudos médicos e comprovante de gastos hospitalares.
Depois de feito o pedido, a Caixa vai fazer a análise. Assim, se aprovado, a indenização será depositada numa Conta Poupança Digital Social em nome da vítima ou do beneficiário.
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