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É verdade que a Uber vai sair do Brasil por causa do Governo Lula?

Informação de que a Uber vai sair do país por causa de mudanças feitas pelo Governo Lula circula após fala de ministro. Saiba se é verdade

Mensagens espalhadas na internet têm trazido a mesma informação: a Uber vai deixar o Brasil após o governo Lula realizar mudanças na legislação trabalhista e regulamentar trabalhadores do aplicativo. Entretanto, a história não é verdade e a empresa de transporte particular não planeja deixar o país.

O boato começou a circular nas redes sociais após o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, falar que seria possível trocar a Uber pelos Correios. Isso ocorreria caso a plataforma saísse do país por conta de mudanças nas leis, ou seja, a troca foi citada apenas como uma possibilidade.

O que diz a Uber

O site Boatos.org encontrou em contato com a Uber, que negou sua saída do Brasil diante de mudanças que venham a ser realizadas pelo governo Lula. De acordo com a nota, a empresa conta com mais de 1 milhão de motoristas parceiros e 30 milhões de pessoas que viajam diariamente.

A Uber ainda explicou que passou por um processo bastante parecido na Espanha, após o aplicativo ser regulado. Contudo, a empresa continua operando no país, dando espaço para que motoristas e a própria plataforma identifiquem e repassem problemas ao governo espanhol.

No que diz respeito ao Brasil, a Uber afirmou que não pretende deixar o país por causa do governo Lula. A corporação disse que defende publicamente, desde 2021, a regulamentação dos motoristas. Nesta, uma inclusão na Previdência Social e pagamento de contribuições devem ser promovidos.

Relembre fala do ministro do Governo Lula

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro do Trabalho do governo Lula abordou a criação de uma proposta que regulamenta a prestação de serviços por aplicativo. Ele, então, disse que os Correios poderiam substituir a Uber caso a empresa deixasse o país. 

No entanto, de acordo com Marinho, a substituição só seria uma boa opção caso a Uber não aceitasse as novas condições e decidisse sair do Brasil. “Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir”, disse ele.

Porém, o chefe do Trabalho não tem certeza se os motoristas parceiros do aplicativo podem se encaixar nas regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CTL). Entretanto, Marinho deseja realizar uma alteração na regulação que atenda a categoria.

Imagem: Sundry Photography / shutterstock.com