Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Ministro de Lula fala em substituir Uber pelos Correios

Luiz Marinho fez declaração em entrevista quando explicava planos para regulamentar prestação de serviços por aplicativos

O ministro do Trabalho Luiz Marinho afirmou que caso a empresa de transporte por aplicativos Uber resolver deixar o Brasil o serviço poderá ser feito pela estatal Correios. 

A declaração foi feita pelo ministro durante entrevista ao jornal Valor Econômico. O contexto da conversa foi os planos do ministro para lançar uma proposta que venha regulamentar a prestação de serviços feitos por aplicativos.  

governo federal estuda realizar algumas mudanças na legislação trabalhista de modo a atender a classe que hoje está sucateada e não possui tantas seguranças como funcionários CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

O que pode acontecer?

De acordo com a visão de Marinho, se a empresa não aceitar as novas condições e quiser sair do país, os Correios seria uma boa opção – uma vez que a companhia trabalha com logística. 

“Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado. Não queremos regular lá no mínimo detalhe. Ninguém gosta de correr muito risco, especialmente os capitalistas brasileiros”, disse o ministro.

Luiz Marinho não tem certeza se os motoristas da Uber podem se enquadrar nas regras da CLT. Mesmo assim, ele quer realizar uma mudança na regulação que atenda a classe através do estado.

O motivo de Marinho mencionar a Uber é por um exemplo que deu na entrevista de que a ação de sair do país já ocorre na Espanha por parte da empresa. Já a marca soltou uma nota para o portal UOL dizendo que não é verdade o fato que o ministro trouxe.

Na nota, a Uber explica que “[…] durante a discussão regulatória naquele país, a Uber divulgou estimativas sobre o impacto das medidas e apontou a contrariedade dos próprios entregadores com a regulamentação […]”, e que, portanto, “[…] reduziu o número de pessoas trabalhando na atividade.”.

Imagem: Sundry Photography / Shutterstock