Economistas preveem nova onda de fusões e aquisições no Brasil

O cenário econômico do Brasil tem atraído a atenção de investidores em busca de oportunidades. A queda no valor das ações das empresas brasileiras na Bolsa de Valores (B3) abre caminho para uma nova onda de fusões e aquisições no país.

Além disso, os economistas acreditam que a tendência pode ganhar força em breve. Entenda o que está por trás desse movimento e quais são os setores que podem se destacar nesse cenário.

Ações brasileiras mais baratas

A economia brasileira está vivenciando uma situação favorável para a entrada de investidores estrangeiros e para o aumento de fusões e aquisições no país. Isso acontece porque, de acordo com os economistas, as ações brasileiras estão sendo negociadas a preços mais baixos do que o normal na B3.

Essa tendência pode ser atribuída a diversos fatores, como incertezas fiscais e políticas, além da alta taxa de juros atual. Com a desvalorização das ações, muitos investidores veem oportunidades para adquirir negócios a preços mais acessíveis, possibilitando a expansão e consolidação de empresas em diversos setores.

Um exemplo recente é a da Rappi, uma empresa de delivery sediada na Colômbia, que comprou 100% das ações da Box Delivery, uma startup brasileira que opera no setor de entregas de alimentos e produtos. A aquisição deve fortalecer a posição da Rappi no mercado brasileiro de delivery.

Os especialistas afirmam que algumas mudanças podem acelerar o processo de fusões e aquisições no Brasil, como a queda dos juros e a aprovação do novo arcabouço fiscal. A redução dos juros torna o crédito mais barato, facilitando o financiamento de aquisições e estimulando o investimento no país.

Além disso, a aprovação do novo arcabouço fiscal pode trazer maior estabilidade e previsibilidade para a economia brasileira, aumentando a confiança dos investidores.

Os setores mais afetados

Alguns setores devem liderar o movimento de fusões e aquisições nos próximos anos. Confira as áreas em destaque:

• Saúde: depois de uma fase de consolidação com hospitais e planos de saúde, o setor de saúde pode crescer ainda mais em áreas como tratamentos psicológicos e clínicas de fertilização;
• Educação: os investimentos devem se concentrar não só no ensino superior, mas também no básico e em cursos de treinamento;
• Logística: esse setor ainda não está tão organizado, mas tem potencial. De 2018 a 2022, o número de operações envolvendo empresas de logística aumentou mais de 250%.

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