O que é um empréstimo com aval? Entenda!

Uma operação de empréstimo com aval é algo bem mais sério do que se pode pensar. Normalmente ela é confundida com um empréstimo via fiança, mas existem muitas diferenças. Conhecê-las é fundamental.

Por isso este artigo fala do assunto com mais profundidade. Ao ler o texto, você verá o conceito com mais amplitude. Aproveitará e saberá no que o aval se diferencia da fiança e também naquilo que são iguais.

Aproveite o texto e tenha uma boa leitura!

O que é um aval?

Falar sobre aval é algo que pode chamar bastante atenção se olharmos mais de perto. A razão disso é que o aval não está diretamente ligado a uma operação de empréstimo.

Sim, isso mesmo. Originalmente, é simplesmente uma condição na qual uma pessoa testifica a capacidade de outra em determinada atividade ou segmento.

Um bom exemplo que coloca isso em uma boa perspectiva são as campanhas políticas. É comum que hajam coligações entre políticos e entre partidos.

Nesse momento, um participante do sistema pode dar seu aval na candidatura de outro. É o que ocorre quando um governador apoia (dá o seu aval) a um terceiro, já que se tratam de eleições em períodos diferentes.

Sendo assim, avalizar alguém é assumir um compromisso de que conhece aquela pessoa e que pode assumir eventualmente suas responsabilidades.

O que acontece no caso do empréstimo com aval é uma espécie de empréstimo do termo em si. Ele passou a ser usado como uma modalidade de tomada de recursos.

Empréstimo com aval

Sendo assim, surgiu a modalidade de empréstimo com aval, que é justamente o que tratamos neste artigo.

Ela tem algumas particularidades muito interessantes e analisaremos cada uma delas gradativamente.

No entanto, o início de tudo se dá tomando a consciência de que um empréstimo com aval significa que o tomador dos recursos será amparado por um avalista.

Ou seja, alguém se comprometerá com a dívida contraída em caso de não pagamento por parte do devedor inicial.

Isso porque, caso o empréstimo não seja honrado, o avalista poderá ser acionado (inclusive judicialmente) e passa a ser o devedor em questão.

Logicamente, é preciso muito conhecimento e confiança em uma relação de aval, pois em caso de não pagamento os bens do avalista correm o risco de sofrerem execução.

E é daí que vem uma grande diferenciação no empréstimo com aval: o bem que uma vez foi do avalista pode ser executado mesmo que ele já o tenha vendido!

Sim, isso mesmo. Parece inacreditável, mas é verdade.

Caso um determinado bem (como um carro, por exemplo) pertenceu ao avalista e agora tem outro dono, ele poderá sofrer execução para o pagamento da dívida.

Empréstimo com aval é igual a empréstimo com fiança?

Esse é um questionamento muito comum no mercado financeiro, já que as duas modalidades são bastante parecidas entre si.

No entanto, a verdade é que as duas formas de empréstimos não são iguais e contam com diferenças significativas.

Uma das principais distinções é que um avalista se torna responsável apenas pelo que se chama de principal do empréstimo.

Ou seja, quando alguém se torna avalista de outra pessoa, seu compromisso em caso de não pagamento se dá apenas com o valor efetivamente tomado como empréstimo.

Isso quer dizer que as taxas da operação que estão embutidas no contrato e os juros que incidem durante o período do empréstimo não são de responsabilidade do avalista.

Já na fiança isso não ocorre. Caso alguém decida ser o fiador de outra pessoa, todo o montante mais os encargos podem lhe ser cobrados em caso de inadimplência.

Eventualmente alguém poderia pensar que isso é uma vantagem, o que de fato pode ser entendida como tal (dependendo de quem está fazendo a análise).

Mas uma outra diferença pode colocar esse empréstimo como uma operação menos vantajosa: caso seja preciso fazer o acionamento da dívida, o fiador só pode ser acionado depois do devedor principal.

Já com uma operação de empréstimo por aval isso não ocorre. A razão disso é que não há ordem de cobrança. O fiador pode contestar a dívida de quem desejar primeiramente.

E tudo isso tem um embasamento legal. Portanto, sempre é bom tomar conhecimento das possíveis consequências antes de decidir ser fiador ou avalista de alguém.

No final das contas, é preciso ressaltar isso só acontece porque no caso do aval, a garantia do empréstimo se dá na forma de um título de crédito (assinado pelo avalista).

Já no empréstimo por meio de fiança, é preciso assinar um contrato. Dessa forma, todos os juros e taxas são embutidas na cobrança por inadimplência.

Pontos em comum

Como se tratam de “irmãos próximos”, é natural que o aval e o empréstimo por meio de fiança tenham alguma similaridade também, não é mesmo?

E sim, os dois tem algo em comum.

O fato que os une é justamente o consentimento do cônjuge quando há sua existência. Quando um homem é casado com uma mulher e resolve ser um avalista ou fiador, ela precisa consentir com a operação.

Logicamente que o inverso se aplica: quando é a mulher quem será a garantidora da operação, o marido precisa participar do processo.

Além disso, os dois terão seus bens verificados como condições para a concessão do empréstimo e em ambas as operações.

Isso faz parte do procedimento padrão para a liberação do dinheiro, pois é exatamente nisso que se apoiam as operações de aval.

Afinal de contas, se o tomador do empréstimo tivesse suas próprias garantias, não precisaria de um avalista, certo?

Como há essa necessidade, então a condição de pagamento do avalista precisa ser averiguada. E no caso de união matrimonial, ambos são observados.

Entender o empréstimo com aval é uma das primeiras ações a tomar antes de decidir se tornar um avalista. Trata-se de um compromisso muito sério, conforme foi visto. Até mesmo bens que não fazem mais parte do patrimônio do avalista podem ser executados.

Por essa razão, pense bem antes de se tornar um e nos diga nos comentários se já teve a oportunidade de participar de uma operação de empréstimos desse tipo!