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Como ficam os empréstimos com o aumento do IOF?

É muito ruim o governo aumentar o IOF em um momento em que a "economia está andando de lado"

A partir da próxima segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro procura elevar a alíquota de IOF, sobre as operações de crédito, para as empresas e pessoas físicas. Em suma, o valor a mais do IOF deve ser usado para bancar o Auxílio Brasil, programa esse que deve substituir o Bolsa Família. Sendo assim, a medida deve deixar mais caro os empréstimos. Confira abaixo, todos os detalhes. 

Bolsonaro aumenta IOF para tentar pagar o Auxílio Brasil

Como ficam os empréstimos com o aumento do IOF?

O aumento do IOF encarece os empréstimo no momento em que a taxa básica de juros serve como um parâmetro para os bancos. Sendo assim, além de juros maiores, o imposto cobrado sobre as operações também vai aumentar. 

De acordo com o decreto desta sexta-feira (17), as novas alíquotas diárias do IOF são as seguintes: A alíquota diária para as pessoas jurídicas vai passar de 0,0041%, referente à alíquota anual de 1,50%, para 0,00559% referente à alíquota anual de 2,04%. Por outro lado, para as pessoas físicas, a alíquota diária de 0,0082%, referente à alíquota anual de 3%, vai passar para 0,01118%, referente à alíquota anual de 4,08%.

Entenda como ficam os novos valores

Entretanto, o que os números significam na prática? O diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Financas (Anefac), Miguel de Oliveira, fez duas simulações.

No caso de PESSOA FÍSICA, pense em um financiamento no valor de R$ 30 mil, de um automóvel com taxa de juros de 1,45% ao mês. O IOF é de 3% ao ano, e assim, a pessoa pagaria 12 parcelas mensais de R$ 2.824,10. Sendo assim, o total seria de R$ 33.889,20. Enquanto isso, com o novo IOF de 4,08% ao ano, ele pagaria 12 parcelas mensais de R$ 2.853,71. Ao total, a pessoa deve pagar R$ 34.244,52.

Por outro lado, no caso de PESSOA JURÍDICA, pense em um capital de giro no valor de R$ 50 mil, com uma taxa de juro a 1,50% ao mês, para ser pago em 12 parcelas mensais. Com o IOF de 1,5% ao ano, a empresa pagaria R$ 4.652,76 por mês. Sendo assim, o total seria de R$ 55.833,12. Enquanto isso, com o novo IOF a 2,04% ao ano, a empresa pagaria R$ 4.677,51. Ao total, a empresa vai pagar R$ 56.130,12.

De acordo com Oliveira, é muito ruim o governo aumentar o IOF em um momento em que a “economia está andando de lado”. E assim, as estimativas se deterioram cada vez mais, com a expectativa de crescimento do PIB próximas de zero em 2022. “A inadimplência está mais alta e a queda de renda se acentua com inflação acelerada, a taxa básica de juros impacta com altas consecutivas dos juros cobrados nos empréstimos”, explica Oliveira.

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Imagem: only_kim / shutterstock.co