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Endividados correm o risco de perder grande parte do salário; entenda

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) emitiu uma decisão crucial sobre a possibilidade de penhorar salários para quitar dívidas. Saiba mais.

A situação da inadimplência no Brasil é alarmante, de acordo com a última análise conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil. Segundo o estudo, 40% dos brasileiros estão com débitos em atraso.

A situação resulta em 66 milhões de indivíduos com seus cadastros negativados nos órgãos de proteção ao crédito. Nesse contexto, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) emitiu uma decisão crucial sobre a possibilidade de penhorar salários para quitar dívidas.

Endividados podem ter seus salários penhorados?

Antes, somente devedores que recebiam mais de 50 salários mínimos poderiam ter seus salários penhorados, mas o STJ considerou que essa limitação não condiz com a realidade do país e é praticamente ineficaz. 

Dessa forma, a decisão da Corte Especial ampliou as opções de penhora de salário para pagamento de dívidas, mas estabeleceu critérios rigorosos para sua aplicação, incluindo a proteção da dignidade do devedor e a inexistência de outra forma de quitar a dívida.

Em suma, muitas pessoas com capacidade financeira para pagar as dívidas escolhem permanecer inadimplentes, pois não veem consequências negativas.

Dessa forma, a mudança na interpretação do STJ pode ser considerada uma medida mais rigorosa para lidar com essa questão no país, especialmente em relação aos devedores persistentes.

Educação financeira como resposta

A solução mais apropriada para enfrentar a inadimplência é promover a educação financeira da população. Aumentar a compreensão sobre a relevância do pagamento de dívidas e uma gestão financeira responsável, os brasileiros podem evitar o endividamento excessivo.

Além disso, a decisão do STJ pode ser vista como severa, mas é importante enfatizar que sua aplicação deve ser realizada com prudência e justiça, garantindo sempre a dignidade do devedor.

Embora possa ser uma medida extrema em algumas situações, é responsabilidade dos operadores jurídicos, juízes e partes envolvidas no processo analisar cuidadosamente as circunstâncias de cada caso antes de tomar qualquer decisão nesse sentido.

Imagem: fizkes/shutterstock.com