Endividamento registra queda com melhora na renda das famílias brasileiras
Famílias de menor poder aquisitivo vêem o percentual de endividamento registrar queda na comparação mensal. Saiba mais!
Dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) referentes ao mês de outubro apontam para uma melhora no cenário de endividamento do país. No período em questão, a taxa chegou a 76,9%, contra 77,4% no mês anterior. Na comparação anual, também houve queda: eram 79,2% em 2022.
Diante dos novos resultados, o número de consumidores endividados no país registrou a quarta redução consecutiva e chegou ao menor patamar desde o início do ano passado. Nesse sentido, um dos aspectos por trás desta realidade é a melhora da renda entre as famílias com menor poder aquisitivo.
Além disso, o estudo ressalta a melhora no mercado de trabalho, uma inflação mais comportada e as políticas de transferência de renda como fatores que contribuem para a melhoria do endividamento entre os brasileiros. Confira mais detalhes a seguir!
Cenário de endividamento em outubro
Do percentual total de 76,9% registrado no mês de outubro, 29,7% alegaram estar com contas atrasadas e 13% disseram que não terão como realizar o pagamento das dívidas em questão.
Sob esse aspecto, quando consideradas as faixas de renda, o cenário de endividamento foi seguinte:
- Renda de 0 a 3 salários mínimos: 78,7%;
- Renda de 3 a 5 salários mínimos: 77,2%;
- Renda de 5 a 10 salários mínimos: 74,9%;
- Renda acima de 10 salários mínimos: 74,9%.
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Vale destacar, no entanto, que em relação ao mês passado, o contingente de endividamento registrou queda nas duas faixas de renda mais baixas. Mas, aumentou na faixa entre 5 a 10 salários e se manteve igual na faixa mais alta.

Tipos de dívidas entre os brasileiros
Por fim, a Peic apresenta quais são os tipos de dívidas que fazem parte do cotidiano dos brasileiros. Confira:
- Cartão de crédito: 87%;
- Carnês: 17%;
- Crédito pessoal: 9,4%;
- Financiamento de casa: 8%;
- Financiamento de carro: 7,8%.
Por fim, o cartão de crédito é o maior responsável pelas dívidas, assim como em 2022. No ano passado, porém, o percentual era de 86,2%.
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