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Entenda por que a Goldman Sachs recomenda vencer ações de estatais brasileiras

O banco americano Goldman Sachs recomenda a venda de ações de estatais para investir no setor privado. Confira!

A recente análise do banco americano Goldman Sachs tem gerado debates no cenário econômico brasileiro. O foco da discussão é a recomendação da instituição para que investidores redirecionem seus investimentos, preferencialmente das estatais para as empresas do setor privado.

Dessa forma, a orientação decorre da perspectiva de benefícios advindos do ciclo de cortes de juros, uma condição que historicamente favorece as empresas privadas em relação às estatais. Continue a leitura para mais informações!

Goldman Sachs recomenta venda de ações de estatais do Brasil

Goldman Sachs
Imagem: Trismegist san / Shutterstock.com

De acordo com o banco, apesar de as estatais brasileiras apresentarem fundamentos sólidos, essas empresas são negociadas a múltiplos consideravelmente altos em comparação com suas contrapartes do setor privado. Há, ainda, a prevenção contra possíveis intervenções governamentais, que poderiam desencadear rebaixamentos em suas notas de crédito.

Ademais, a equipe de estrategistas do Goldman Sachs defende que o mercado brasileiro está alinhado com os mercados emergentes sob a perspectiva de relações entre ativos. Entre eles, estão Jolene Zhong, Nathan Fabius e Caesar Maasry.

No entanto, as estatais brasileiras geralmente negociam a múltiplos mais elevados do que os pares privados, tanto em termos de crédito quanto de ações. Embora o prêmio de risco das estatais brasileiras seja modesto em comparação com as empresas de países emergentes, elas tendem a ter cotações mais altas. Isso evidencia-se por empresas como Petrobras, Banco do Brasil, Sabesp e Cemig.

Como o ciclo de cortes de juros influencia a decisão?

O cenário de cortes nos juros, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, mudará a dinâmica de investimentos, com uma projeção de que as empresas privadas possam ultrapassar as estatais. Isso se reflete por um histórico onde as empresas privadas se beneficiaram nos períodos de juros mais baixos.

Apesar dos fundamentos sólidos das empresas estatais, especialmente com altos retornos sobre o patrimônio (ROE) na indústria de commodities devido aos preços altos do petróleo, o Goldman Sachs prevê uma moderação nesses retornos. Isso se deve à tendência de convergência com o setor privado, devido a juros mais baixos e maior intervenção governamental.

Postura da Petrobras no atual cenário econômico

A análise da Petrobras mostra uma posição forte, devido à redução da dívida e ao aumento da lucratividade e do fluxo de caixa livre. No entanto, o banco americano expressa preocupação com possíveis aumentos nos gastos de capital e mudanças na governança, que podem afetar os níveis de dívida futuros.

No contexto atual, os especialistas do mercado financeiro, assim como os investidores, ficam atentos às movimentações sugeridas por instituições de peso como o Goldman Sachs.

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Logo, esse é um indicativo de que, por enquanto, o setor privado pode oferecer um terreno mais sólido para investimentos em comparação às estatais. Assim, isso marca uma potencial mudança de estratégia para os investidores no mercado brasileiro.

Imagem: Trismegist san / Shutterstock.com