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Entenda por que o azeite está tão caro; e a tendência é que suba mais

Um dos itens mais consumidos pelos brasileiros, o azeite de oliva atinge o maior preço dos últimos 7 anos e pode subir ainda mais. Entenda!

Um ingrediente considerado anteriormente como básico na dieta da população brasileira média passou a ser um luxo. Trata-se do azeite de oliva. Nos últimos 7 anos seu preço atingiu seu patamar mais alto recentemente.

Porém, a tendência é que o custo desse item de cozinha suba ainda mais nos próximos meses. Diversos fatores contribuem para esse aumento. Saiba mais informações sobre essas razões e os demais detalhes a seguir!

Preço do azeite é o maior dos últimos 7 anos

Garrafas de azeite sobre uma mesa e com uma paisagem ao fundo.
Imagem: ededchechine / Freepik

O item teve um aumento considerável de preço no Brasil. Uma garrafa de azeite de oliva virgem, por exemplo, subiu de R$ 24,96 para R$ 31,66. Já o tipo extra-virgem disparou de R$ 28,40 para R$ 35,97. No entanto, esse valor pode aumentar ainda mais nos meses seguintes.

Na maioria dos casos, a determinação dos preços se dá pelo mercado internacional. A Europa, por sua vez, é responsável por 75% da produção global. Porém, a safra global de 2022 foi a pior registrada na história, com uma queda de 26% em relação ao padrão histórico.

Além disso, as expectativas para uma melhora em 2023 não se concretizou. De acordo com Leonardo Johnson Scandola, vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva), ao Exame, mudanças climáticas, como secas severas, contribuíram consideravelmente para a queda na safra.

Como isso afeta o mercado desse item no Brasil?

Uma outra razão que afeta a produção de azeite é a bactéria Xylella, que ataca as oliveiras e provoca o ressecamento das árvores. Esse problema, somado aos altos custos industriais, energia e embalagens, fazem com que o custo do azeite continue em crescimento.

Segundo Scandola, o aumento do custo desse item foi de 50% desde o começo do ano. Ainda, o preço já chega a uma alta 69% nos últimos 12 meses na Espanha e na Itália. Esses países, no entanto, são os dois maiores produtores globais, segundo o vice-presidente da Oliva.

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No Brasil, pesquisas de mercado apontam que, mesmo com o aumento dos preços, as vendas cresceram 1,7% até setembro. Mesmo assim, o aumento das vendas no país será acompanhado do aumento dos preços. Logo, os consumidores não terão alívio neste final de ano, com as festas tradicionais dessa época.

Imagem: ededchechine / Freepik