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Estas pessoas estão trabalhando apenas 4 vezes por semana

Alguns países já adotaram o modelo de jornada de trabalho de apenas 4 dias semanais. Confira e saiba como funciona.

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Recentemente, países como Japão, Islândia e Emirados Árabes adotaram um modelo de jornada de trabalho de apenas 4 dias semanais a fim de incentivar a mudança no mundo todo. Inclusive, o assunto também está sendo discutido no Brasil. 

A proposta surgiu pois especialistas e estudos encomendados por empresas mostraram que a carga horária de 40 horas semanais leva a um baixo nível rendimento e muita procrastinação.

Neste sentido, uma pesquisa da empresa norte-americana de softwares Workfront revelou que os trabalhadores que atuam nesse modelo tinham aproveitamento em apenas 39% do tempo trabalhado.

Além disso, o consultor de carreira e negócios da ESIC Internacional, Alexandre Weiler, afirmou que a procrastinação é muito comum no mundo moderno. Para ele, a solução é encontrar formas de ampliar a produtividade. “Apostar numa modalidade de trabalho com quatro dias na semana pode apresentar benefícios como uma maior retenção de talentos, combate a problemas de saúde mental, menos procrastinação e equipes mais eficientes”, afirma.

Benefícios da redução da jornada de trabalho

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que trabalhar mais de 55 horas por semana aumenta em 17% o risco de morrer de doença cardíaca, e em 35% o risco de ter um acidente vascular cerebral em comparação com uma semana de 35 a 40 horas.

No mesmo sentido, um outro estudo, realizado em 2019 na Microsoft do Japão, aponta que reduzir a jornada pode gerar economia de recursos financeiros, como papel e energia. Ademais, os pesquisadores também perceberam que os funcionários ficaram 40% mais produtivos e mais felizes com a mudança.

“O mundo mudou e as pessoas também, então por que não pensar em alternativas que possam melhorar a maneira como vivemos? É claro que a implantação de algo dessa magnitude precisa de um planejamento muito criterioso por parte das empresas”, pondera Weiler.

Cenário atual

Empresas bilionárias já estão aderindo à jornada de trabalho reduzida. O dono da Google, por exemplo, entendeu que os funcionários rendem mais trabalhando apenas 4 horas por dia. Já Carlos Slim, chefe de AT&T, Net, Embratel e Telmex, optou pela folga de 3 dias.

Dessa forma, o modelo foi implementado de forma permanente na Islândia, sem mudanças salariais. Os Emirados Árabes Unidos seguiram o exemplo e se tornaram o primeiro país do mundo a adotar oficialmente a jornada semanal de 4 dias.

No Brasil, algumas empresas de tecnologia, como Eva, Crawly, Nova-Haus e Gerencianet também adotaram o modelo. No entanto, sua ampliação ainda depende de ajustes e adequações, principalmente na legislação.

“Seguramente nem todos são passíveis de adoção automática e alguns, inclusive, com grandes desafios. É realmente uma mudança forte de paradigmas, mas que pode ser viável e, em muitos casos, necessária e benéfica”, completa o consultor.

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Imagem: Jelena Zelen / shutterstock.com