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EUA apreenderam R$ 17 bi em bitcoin com fundador do maior site de vendas de drogas no mundo

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a apreensão do bitcoin foi realizada no final do ano passado.

Três bilhões e 300 milhões de dólares em bitcoin: esse foi o valor (cerca de R$ 17,1 bilhões) apreendido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que estava em posse de James Zhong, fundador do Silk Road, um site considerado o maior ponto de vendas online de drogas no mundo. A informação foi divulgada ontem (8) pelo órgão norte-americano.

De acordo com o departamento, a apreensão foi realizada no final do ano passado, mais precisamente no mês de novembro. Aproximadamente 50 mil bitcoins foram encontrados em computadores escondidos dentro de baldes de pipoca na residência do fundador do site. Além disso, foram apreendidos US$ 661 mil em espécie e barras de ouro e prata.

Bitcoin era transferido para contas falsas

Zhong, que tem 32 anos, se declarou culpado em uma ação movida pelo departamento dos EUA. No processo, ele é acusado de ter cometido fraude em setembro de 2012, quando adquiriu ilegalmente a quantia da criptomoeda. Pelas leis do país, o homem pode pegar até 20 anos de prisão por fraude eletrônica.

O Silk Road, site fundado por Zhong, fazia parte da “internet obscura” e foi utilizado entre 2011 e 2013 por traficantes de entorpecentes para transações. Outro fundador da plataforma, Ross Ulbricht, foi condenado à prisão perpétua em 2015.

Zhong teria desenvolvido um esquema que envolveu a criação de 9 contas falsas vinculadas ao site e 140 transações com o bitcoin para essas contas, além da realização de transferência da criptomoeda para outras contas com intenção de atrapalhar o rastreamento do valor.

Apreensão realizada foi a maior realizada pelo órgão envolvendo criptomoedas

A apreensão foi a maior realizada pelo órgão envolvendo moedas digitais. Ela foi a segunda maior em termos de valor. De acordo com o procurador Damian Williams, por quase 10 anos, a localização da enorme quantia de bitcoin desaparecida “se transformou em um mistério de mais de US$ 3,3 bilhões”.

Williams acrescentou que, graças ao rastreamento de criptomoedas de última geração e o trabalho dos policiais, foi possível localizar e recuperar “esse impressionante acervo de produtos do crime”.

“Este caso mostra que não vamos parar de seguir o dinheiro, não importa o quão habilmente escondido, mesmo que ele esteja em uma placa de circuito no fundo de uma lata de pipoca”, ressaltou o procurador.

Imagem: tungtaechit / shutterstock.com