Ex-funcionários afirmam que o Musk demitiu mais mulheres durantes as demissões em massa no Twitter
O ano do Twitter foi marcado por desligamentos, mas trabalhadores dizem que a empresa adquirida por Elon Musk demitiu mais mulheres. Entenda
Na onda de despensas promovidas pelo Twitter em 2022, a empresa do bilionário Elon Musk demitiu mais mulheres. É o que alegam 100 ex-funcionários da empresa cuja aquisição foi concluída pelo CEO da rede social em outubro desse ano.
Demissões em massa
A advogada trabalhista Shannon Liss-Riordan disse à Reuters que ingressou com 100 demandas de arbitragem contra a empresa. O teor das queixas, ainda segundo ela, é semelhante a outras quatro ações coletivas pendentes no tribunal da Califórnia.
“Há mais a caminho. Se Elon Musk quer enfrenta-los, um por um, estamos prontos para fazer isso em nome de milhares de funcionários do Twitter se necessário. Já fizemos isso antes e estamos prontos para fazer novamente”, prometeu Shannon Liss-Riordan em seu perfil na rede social.
Musk demitiu mais mulheres, acusam funcionários
No último dia 20, Shannon fez questão de destacar que essas 100 demandas são apenas a “primeira onda” e acrescentou que sente orgulho de representar esses trabalhadores. Para ela, a conduta da empresa desde que Musk assumiu tem sido preocupante.
As acusações de que a rede social de Musk demitiu mais mulheres viralizaram desde o início do mês. Em 8 de dezembro, Reuters noticiou que uma ação proposta no tribunal de São Francisco estimava que as demissões atingiram 57% de mulheres e 47% de homens.
A ação também afirma que o desequilíbrio foi maior nas funções ligadas a engenharia. Segundo a mesma ação coletiva, movida por duas mulheres, na área, 63% das mulheres perderam seus empregos em comparação com 48% dos homens.
Outras acusações
Além da acusação de que o comando de Musk demitiu mais mulheres, ex-funcionários dizem que a empresa violou outras leis trabalhistas.
Segundo a agência de notícias, outros ex-funcionários acusam a empresa de não realizar os devidos pagamentos pelas despensas e demitiu ilegalmente funcionários em licença médica ou parental. O Twitter também enfrenta três reclamações em um conselho trabalhista.
Profissionais contam que foram demitidos por criticar a rede social e tentar organizar uma greve, entre outras atitudes permitidas pela lei trabalhista norte-americana.
Posicionamento da rede social
Nas ações coletivas pendentes, citadas por Liss-Riordan, o Twitter também é acusado de encerrar contratados sem os 60 dias de viso prévio exigidos por lei. Há ainda relatos de trabalhadores deficientes forçados a sair e a recusa de permitir o regime home office.
À Reuters, o Twitter negou irregularidades no que diz respeito ao desrespeito à lei que determina o cumprimento de aviso prévio. Contudo, não comentou às outras acusações, entre elas, a de que a empresa adquirida por Musk demitiu mais mulheres.
Por fim, vale destacar que as leis federais e da Califórnia proíbem a discriminação de gênero no ambiente de trabalho.
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