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Ex-presidente é condenado a 16 anos de prisão por corrupção

Na quarta-feira (7), um tribunal criminal da Guatemala condenou o ex-presidente Otto Pérez, general da reserva, a 16 anos de prisão por ter cometido uma fraude alfandegária que o fez renunciar em 2015, três anos após assumir o cargo. 

A presidente do tribunal, Irma Jeannette Valdés, ao ler a sentença do ex-presidente, anunciou que Otto Pérez é responsável criminalmente por associação ilícita e por ter sido cúmplice do crime de casos especiais de fraude aduaneira. 

Multa de 1 milhão de dólares 

Cada crime cometido pelo ex-presidente foi punido com oito anos de prisão, totalizando 16 anos, e multa de 1 milhão de dólares. Uma sentença parecida foi recebida por sua ex-vice-presidente, Roxana Baldetti, acusada também de liderar o crime. 

Os dois foram absolvidos do crime de enriquecimento ilícito. A juíza Katty Sarceño explicou que o tribunal não tem dúvida alguma de que houve aumento ilícito de patrimônio, embora o Ministério Público não tenha conseguido provar a denúncia. 

Perez, que possui 72 anos, renunciou ao cargo e foi preso no dia 3 de setembro de 2015, após diversas manifestações.

O caso, que ficou conhecido como “La Línea”, diz respeito a um sistema de sonegação de impostos alfandegários e foi desmascarado pela Procuradoria e pela CICIG (Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala), órgão das Nações Unidas que apoiou o combate a armações criminosas no país.

Declaração do ex-presidente 

Após a decisão do tribunal, Pérez declarou que se sentiu decepcionado e frustrado, e que não faz sentido fraudar o Estado se não podem provar o enriquecimento ilícito, questionando onde está o dinheiro nesse caso. Além disso, o ex-presidente acrescentou que irá recorrer da sentença. 

Investigação e condenação

De acordo com a investigação, o montante de propinas recebidas pela estrutura totalizou aproximadamente 3,5 milhões de dólares, enquanto a quantia defraudada do Estado por evasão de impostos chegou a quase 10 milhões de dólares entre 2013 e 2015.

Outras 16 pessoas que estavam envolvidas no plano foram condenadas e 11 foram absolvidas. 

Imagem: Zolnierek/shutterstock.com